Ministério da Saúde esperou por crise de oxigênio em Manaus, diz servidora
Manaus/AM - Em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF), Paula Eliazar, servidora do Ministério da Saúde, relatou que houve a espera pelo "colapso de oxigênio", "óbitos em ambulância" e "falta de leitos" para que o governo atuasse de forma incisiva no Amazonas.
De acordo com informações do Sistema Globo, uma ata de reunião da pasta com o governo do Amazonas indica que a transferência só aconteceria “em situação extremamente crítica”. O encontrou ocorreu dois dias antes do colapso de oxigênio nos hospitais de Manaus. Paula informou que essa seria a "última estratégia que a gente tomaria...Era tirar os pacientes de dentro do estado para outros estados. A situação extremamente crítica é (ter) os hospitais todos superlotados onde a gente não tivesse nenhum leito para acolher essas pessoas, pacientes dentro de ambulâncias , indo a óbito e colapso de oxigênio ".
Além disso, a servidora contou que informou sobre o vazamento de gás no local. "Reportei a necessidade tanto de melhorar questão de protocolos por parte dos profissionais de saúde, pelo volume de oxigênio que estava sendo usado para cada paciente, que estava, muitas vezes, incorreto. E a questão do vazamento. Pedi que pedissem aos engenheiros para conferir as réguas de oxigênio e o circuito elétrico."
O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, é um dos investigados pelo MPF por improbidade administrativa devido à atuação no enfrentamento da pandemia e da crise de oxigênio em Manaus, que ocorreu em janeiro deste ano.
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