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Interesse por pesquisa é proposta para professores da Semed

Por Portal Do Holanda

03/11/2014 15h25 — em
Amazonas



Para resgatar o interesse de professores e alunos por pesquisa, 64 docentes da zona rural de Manaus (ribeirinha e rodoviária) participaram, nesta segunda-feira, 3, do primeiro dia de atividades da 4ª Formação Continuada do Programa Escola da Terra. Com duração de três dias, a primeira etapa da formação acontece na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

A Escola da Terra é uma ação do Programa Nacional de Educação do Campo (Pronacampo), do Ministério da Educação (MEC), realizada por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) na cidade. Nesta primeira etapa, na Ufam, há aulas e trocas de experiências para que depois os professores partam para o trabalho de campo na comunidade onde estão seus alunos, como explicou uma das coordenadoras da Escola da Terra em Manaus, Maria do Socorro Souza da Silva.

“A formação é voltada para professores do 1º ao 5º ano de salas multiseriadas (aquelas que possuem alunos de diferentes idades na mesma classe) e tem como um dos principais objetivos tornar o professor também pesquisador. Eles têm o tempo da universidade, como acontece aqui na Ufam em sala de aula, e o tempo na comunidade, quando eles vão fazer um trabalho em campo. A intenção é que eles coloquem em prática junto aos alunos para que se desperte um interesse também pela pesquisa. Ao final da formação, haverá seminário para apresentar esse trabalho de campo”, relatou.

A professora Mariluce Melo de Queiroz, da Escola Municipal Manoel Chagas, no Rio Amazonas, já participou da Escola da Terra e destacou a importância do aprendizado para o trabalho em classe com os alunos.

“Pudemos aprofundar os conhecimentos relacionados à vida no campo, pois, em muitos casos, o aluno vive no campo, mas não possui conhecimento de sua vivência, por exemplo, relacionado ao meio ambiente. Alguns alunos não sabiam de que forma ocorrem as mudanças na natureza, como se pode trabalhar o plantio, a economia do campo sem causar desequilíbrio à natureza. Eles têm a experiência de vida, mas com essa formação podemos desenvolver o trabalho com os alunos voltado para o lado científico. Os educadores podem usar isso em sala de aula, transmitir esse conhecimento”, informou.

O professor João Batista Otas, da Escola Municipal Antônio Lima Rodrigues, no Rio Negro, ressaltou o incentivo ao professor pesquisador e o trabalho de campo.

“A formação tem que ser para o campo e acontecer no campo, onde a criança é educada. Essa formação resgata o professor pesquisador, pois ele pensa no conteúdo, vai para o campo, trabalha com os alunos e busca sempre evitar que sejam passadas informações que não serão aproveitadas na realidade daquele aluno no campo”.

Ao final do trabalho de campo, que é acompanhado e orientado por tutores da Divisão Distrital Zonal (DDZ) 7,  os professores escolhem um tema, apresentam em seminário e recebem a certificação.

Foto: João Pedro Figueiredo


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