Indústria de alimentação do Amazonas cobra conclusão da BR-319
Manaus/AM - A indefinição sobre a BR-319, estrada que liga o Amazonas a Rondônia e ao restante do país por via terrestre, continua sendo um dos principais entraves para a economia local. O veto presidencial à mudança que facilitaria a recuperação da rodovia reacendeu a preocupação de empresários do setor de alimentação, que enfrentam dificuldades para escoar a produção e abastecer o mercado diante dos altos custos logísticos.
Segundo o Sindicato das Indústrias de Alimentação de Manaus (SIAM), a falta de alternativas de transporte torna o Amazonas ainda mais vulnerável no cenário nacional. O presidente da entidade, Pedro Monteiro, avalia que a conclusão da BR-319 é fundamental para garantir competitividade. “O setor produtivo não pode mais arcar com despesas tão altas. Isso encarece os produtos, reduz margens de lucro e trava o crescimento das empresas”, disse.
Monteiro destaca que outros estados contam com diferentes modais para o transporte de insumos, enquanto o Amazonas depende quase exclusivamente do fluvial e do aéreo, ambos caros e sujeitos a variações climáticas. Para ele, a recuperação da BR-319 pode representar um ponto de virada. “Estamos falando de uma rodovia que já existe, mas que precisa de melhorias para funcionar com segurança e regularidade o ano inteiro”, afirmou.
A indústria de alimentação representa uma fatia importante da economia amazonense, responsável tanto pelo processamento de produtos regionais quanto pelo fornecimento a outros mercados. Empresários defendem que o avanço das obras da BR-319 reduziria custos de produção, ampliaria o alcance comercial e estimularia o desenvolvimento sustentável no estado.
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