Indígenas denunciam exploração sexual e falta de remédios após invasão de garimpeiros na terra Yanomami
Dificuldade na assistência à saúde e a medicamentos, falta de transporte, problemas com abuso de álcool e exploração sexual de crianças e adolescentes são resultados da invasão de garimpeiros no território, foram as principais denúncias feitas pelo povo Yanomami durante a XX assembleia ordinária da Associação Yanonami do Rio Cauaburis e Afluentes (Ayrca), no final do mês de julho, na qual houve a participação de representantes do Polo do Alto Rio Negro da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM).
O relato foi feito pelos representantes da comunidade indígena Maturacá, situada entre os municípios de São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro.
De acordo com a defensora pública Isabela Sales, que atua no Polo do Alto Rio Negro, o objetivo de participar da assembleia foi ouvir as demandas e intermediar soluções.
A partir das demandas apresentadas durante a assembleia, em setembro próximo, a Defensoria Pública vai retornar à comunidade para realizar um mutirão de atendimentos jurídicos, afim de resolver questões como curatela, certidão de óbito tardio e outros atendimentos.
Além da DPE, participaram da assembleia diversas instituições como Exército Brasileiro, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Instituto Socioambiental (ISA), Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) do Alto Rio Negro e Yanomami e representantes dos operadores de turismo que atuam na região.
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