Manaus/AM – O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que em 2023, o Amazonas pode registrar 50 novos casos de câncer de bexiga em homens, público mais afetado pela doença, segundo o levantamento da Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon).

Homens entre 50 e 70 anos representam 76% dos pacientes que fazem tratamento no FCecon; 70% tem histórico com tabagismo; 41% tem hipertensão; 26% são diabéticos; e 36% tem histórico de câncer na família.

O Programa de Apoio à Iniciação Científica (Paic/FCecon) fez a pesquisa “Perfil clínico e epidemiológico de pacientes diagnosticados com câncer de próstata de baixo risco atendidos em uma unidade terciária de atenção à saúde no Amazonas” para conseguir esses dados.  A estudante de medicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Hannah Mendonça Cohen, fez a pesquisa que foi coordenado pelo urologista Giuseppe Figliuolo, da FCecon.

Atrás somente do câncer de próstata, o câncer de bexiga é a segunda neoplasia mais frequente no trato urinário, e o principal sintoma da doença é o sangramento urinário, vermelho vivo, com coágulos. Para ter o diagnóstico é necessário fazer exames de imagem como ultrassonografia da bexiga.

A principal causa do câncer de bexiga em homens é a grande produção de hormônios sexuais, que acaba reduzindo a quantidade de células T CD8 no sistema imune, as quais são necessárias no combate tumoral.

Segundo o Instituto de Oncologia, As principais opções de tratamento para o câncer de bexiga são cirurgia, terapia intravesical, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapia alvo.