O deputado Luiz Castro fez críticas ao sistema de gestão de saúde no Amazonas e disse que é preciso reestruturar todo o sistema, “uma vez que quando se iniciou o sistema de cooperativas na urgência e emergência, não se fez o trabalho consistente para garantir a base do atendimento de média e baixa complexidade no interior e capital, daí a situação cada vez mais complicada”, disse.

Castro citou como exemplo a situação da fisioterapia que não dispõe de profissionais para atender à população, embora já exista norma do Sistema Único de Saúde que torna obrigatória a presença do profissional em todos as UTIs de média e alta complexidade, bem como em programas de saúde da família. “Mas o governo do estado tem caminhado com muita lentidão no sentido de fazer concurso e garantir a presença dos profissionais nas unidades de saúde”, lamentou.

Segundo o deputado Luiz Castro, que tem Projeto de Lei que garante a presença desses profissionais nos hospitais do Estado, o município de Manaus agora amplia o programa de saúde da família e já inicia o processo de seleção de fisioterapeutas e outras categorias para equipes intersetoriais. “Porém, o governo ainda está a dever, mesmo tendo problemas seríssimos na capital e mais complicados ainda no interior”, assinalou Castro.

Escolas

O deputado disse que tem uma Proposta de Emenda Constitucional, em tramitação, que trata da obrigatoriedade de ter psicólogo e assistente social em cada escola do Estado, para apoiar o trabalho dos professores e pedagogos, atender aos alunos e interagir com as questões mais complicadas que exijam a presença de um profissional. 

“Hoje em dia a presença de um assistente social é necessária, porque a violência vem das ruas e atinge as escolas, principalmente em locais onde o tráfico de drogas tem um poder muito grande, e existe a necessidade de prevenir”, argumentou Luiz Castro. “As políticas de prevenção exigem equipes multisetoriais, pois o professor sozinho na sala de aula às vezes não consegue evitar problemas sobre os quais ele não tem controle”, completou. 

Desmatamento

Num segundo pronunciamento, já no grande expediente, o deputado Luiz Castro fez críticas ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais  Renováveis do Estado de Rondônia, que segundo ele está adentrando áreas do Sul do Amazonas para multar os que vêm daquele estado explorar madeira e fazer grilagem de terras, “mas está tratando os agricultores locais, com dez ou 20 anos morando na região, da mesma forma, como se fossem desmatadores”, declarou. 

Para Castro, o Ibama no Amazonas tem de assumir as ações naquela região e em todo o interior, a fim de evitar esses problemas para os agricultores amazonenses, já que o Ibama de Rondônia não distingue um desmatamento atual de um feito há dez anos. “O Ibama tem que respeitar a lei estadual, pois está cometendo injustiça com os nossos agricultores”, disse.