Com vendas afetadas, piscicultores alertam que peixe de cativeiro não transmite doença da urina preta
A Associação Independente dos piscicultores do Amazonas (Aquam) realizou um encontro na manhã desta terça-feira (21), em uma peixaria no Distrito Industrial, zona sul, para falar a respeito da doença da urina preta, que não afeta os peixes criados e viveiros. A Aquam mostrou dados que comprovam que não há nenhum caso registrado de urina preta em pessoas que consumiram os peixes cultivados em cativeiro.
“Nós estamos aqui é para comemorar que a gente sempre se manteve no mercado. Esse problema não é do nosso peixe, não é do nosso produto que sempre foi de primeira e nunca ocorreu nenhum tipo de problema como bem colocado, isso é da natureza. O peixe de criação nunca houve problema. Nós estamos aqui para comemorar o retorno da produção. Já está voltando o consumo. Para nós isso é uma alegria que nós dividimos com todos vocês o retorno nosso no mercado com força”, disse Olavo Roly, vice-presidente da Aquam.
Com os casos suspeitos que associaram a doença ao consumo e peixe, as vendas diminuíram no estado. Mas como não houve comprovação cientifica que a enfermidade esta ligada ao consumo do produto, as vendas estão começando a normalizar.
É uma coisa ligada com a outra. Nosso peixe nunca teve problema. A gente trabalha com isso há dezenas de anos e nunca tivemos problemas de praga no peixe, no nosso produto. Esse advento embaralhou um pouco o raciocínio do povo. Foi difundido, graças a imprensa que nos ajudou a difundir que o nosso produto é de primeira qualidade não só para a Manaus, mas também para o mundo. Nosso produto é de primeira qualidade, então consumam muito, que quanto mais vocês consumirem, melhor para a cadeia produtiva.
A Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) informou que peixes de cultivo não provocam a "doença da urina preta". Como Tilápia e tambaqui criados profissionalmente, em cativeiro e com toda a segurança, não provocam a síndrome de Haff (doença da urina preta) em seres humanos. De acordo com a Peixe BR, não há nenhum registro de caso da doença que tenha como origem os peixes de cultivo. A Peixe BR atribui a informação ao pesquisador Roger Crescêncio, da Embrapa Amazônia Ocidental. "A ciência comprova que a síndrome de Haff pode ser causada pela ingestão de peixes contaminados, de origem desconhecida e que não foram criados em ambiente controlado", afirma a associação na nota.
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