Anvisa diz que não recebeu informações sobre spray para tratamento de covid
O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, disse que não há informações oficiais na agência sobre o spray nasal defendido por Jair Bolsonaro (sem partido) para tratar de pacientes com Covid-19.
"Concretamente chegou algum papel à Anvisa pedindo registro, pedindo autorização de estudo clínico no Brasil? Não. Não chegou nada. Não temos concretamente nada disso daí", disse Barra Torres ao UOL.
Até ontem a agência não havia feito nenhuma reunião com o Centro Médico Ichilov de Israel, que desenvolve o medicamento EXO-CD24.
A declaração contradiz fala do presidente que, na semana passada, afirmou que já havia "conversado" com a Anvisa" e que em breve enviaria pedido para análise do uso emergencial (em grupos de risco) do EXO-CD24.
Bolsonaro também disse que fez contato com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, e antecipou que o Brasil participará dos estudos em fase 3 da pesquisa, com testes em larga escala com milhares de voluntários.
O fármaco foi desenvolvido em Israel para combater câncer de ovário e está em fase inicial de testes para tratar a doença causada pelo novo coronavírus.
A responsável pelo desenvolvimento do tratamento, Nadir Arber, informou que o medicamento ainda precisa passar por novos testes para garantir que é eficiente e seguro, critério usado pela Anvisa
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