Amazonas está entre os 13 estados com aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave
O Amazonas está entre os 13 estados brasileiros que apresentaram crescimento dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com destaque para a capital, Manaus, conforme dados divulgados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Os dados são referentes à semana epidemiológica de 21 a 27 de novembro do Boletim InfoGripe, da Fiocruz.
Essa síndrome foi apontada com a causa de um total de 427.719 óbitos de 2020 até a publicação deste boletim. Destes, 245.363 foram óbitos referentes a casos registrados neste ano de 2021, dos quais 207.381 (84,5%) tiveram como resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, sendo que 0,1% eram de vírus sincicial respiratório (VSR), e 99,0% SARS-CoV-2 (COVID-19).
O aumento significativo do número de casos de SRAG está relacionado com intrudução vírus causador da Covid-19, segundo especialistas.
No Amazonas, esse crescimento da SRAG é observado fundamentalmente entre crianças de 0 a 9 anos. No caso dessas crianças, os resultados laboratoriais associados aos casos continuam indicando predomínio de vírus sincicial respiratório (VSR).
Mas entre adolescentes de 10 a 19 anos e jovens adultos (20-29 anos), mantêm-se majoritariamente associados à covid-19, aponta o boletim.
Além do Amazonas, Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo estão na lista dos estados com maior índice de crescimento, sendo que os que mais chamam a atenção são Pará, Ceará e Rio de Janeiro.
O boletim destaca que “no dado nacional, embora se mostre como um crescimento leve, podendo ser compatível com cenário de oscilação em torno de valor estável, a análise por faixa etária indica que se trata de aumento em todas as faixas etárias abaixo de 60 anos”.
O crescimento é relativamente pequeno na população com 30 anos ou mais, de acordo com pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe. Os casos mais expressivos e presentes desde novembro está sendo verificado em crianças, adolescentes e jovens adultos, na faixa de 20 a 29 anos.
As medidas recomendadas pelos médicos para prevenção da síndrome são as mesmas já indicadas no tratamento de Covid-19 e de outras doenças respiratórias, isolamento domiciliar, o uso da máscara, a lavagem das mãos e a utilização do álcool gel para higienização das mãos.
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