Amazonas acumula mais de 2,6 mil casos de esporotricose animal
Manaus/AM - A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) divulgou, nesta terça-feira (28), o informe epidemiológico de esporotricose humana e animal, uma infecção subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix.
Esporotricose humana - No Amazonas, de 1º de janeiro até o dia 28 de julho, foram notificados 1.365 casos de esporotricose humana, sendo 1.063 confirmados e 166 estão em investigação. Não há óbitos relacionados à doença. Os casos confirmados correspondem a pessoas residentes em Manaus (996), Presidente Figueiredo (26), Barcelos (16), Manacapuru (5), Maués (5), Iranduba (4), Itacoatiara (4), Rio Preto da Eva (2), Careiro (1), Novo Airão (1), Silves (1), Tabatinga (1) e Urucurituba (1).
Esporotricose animal - No Amazonas, de 1º de janeiro a 28 de julho, foram notificados 2.865 casos de esporotricose animal, sendo 2.677 confirmados e 1.482 em tratamento. Foram registradas 1.171 eutanásias/óbitos. A maior quantidade de animais relacionados à doença é de gatos (97,3%), seguidos de cães (2,7%). Os animais envolvidos são, em maioria (66,1%), machos.
Sobre a esporotricose - A esporotricose é uma infecção causada por fungos do gênero Sporothrix, presentes de forma natural no solo, nas cascas de árvores e na vegetação em decomposição. Esse fungo pode infectar humanos, gatos, cães e outros mamíferos.
A transmissão para seres humanos ocorre quando o fungo entra em contato com a pele ou mucosas, geralmente por meio de ferimentos causados por espinhos, lascas de madeira ou palha que estiveram em contato com vegetais contaminados. Caso haja suspeita de esporotricose em humanos, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente.
Os animais também podem ser transmissores da doença, passando o fungo para humanos e outros animais por arranhaduras, mordeduras, lambeduras ou pelo contato com secreções respiratórias e lesões cutâneas ou nas mucosas.
Conforme a FVS, para prevenir a infecção recomenda-se que cães e gatos não circulem nas ruas sem supervisão. Isso reduz o risco de exposição ao fungo. Se houver suspeita de esporotricose em animais, é crucial levá-los ao veterinário com urgência.
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