A eleição deste domingo, se continuar sendo escrita da forma como a natureza das pessoas vem ditando, produzirá mais do que um perdedor. A vitória de Artur- se ocorrer- será a derrota dos pastores que trocaram Deus pela política, dos políticos que se julgavam donos da vontade do povo. E será a reafirmação da consciência de que pelo voto se extirpa da politica os maus, ou se  impede que eles estendam seus tentáculos sobre a vida de uma cidade que pede para respirar.

Artur não é a solução para todos os problemas de Manaus, mas não se aliou a políticos  suspeitos, autoritários, que  agora descobrem  o quanto são  pequenos e indefinido um futuro que eles já projetavam como o melhor dos mundos.
 
O que se espera e se cobra de um candidato, Artur tem: independência para não permitir que ninguém  mal intencionado lhe cobre pela vitória.

O poder é para ser compartilhado com quem acredita na democracia e segue suas regras, não com aqueles que se especializaram em transformar o público em privado, que deixaram digitais em obras fantasmas, em compra de politicos, em mensalão ou em contratos suspeitos envolvendo compadres.

A vitória de Artur neste domingo terá  o condão de colocar fim a soberba de uns, a pretensão de outros e acena  como um novo tempo, de reconstrução da cidade, da fé perdida,  da cidadania que também se recompõe pela força do voto. 

Raimundo Holanda