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Líder do PSOL diz que Temer ‘adula’ Cunha para evitar delação

Por Agência O Globo

24/06/2016 19h26 — em
Brasil



BRASÍLIA — O líder do PSOL na Câmara, Ivan Valente (SP), afirmou nesta sexta-feira que o presidente interino da República, Michel Temer, adula o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pois tem medo do que ele possa delatar caso seja deposto definitivamente do cargo. Para Valente, uma possível delação de Cunha poderia expor toda a cúpula do PMDB, inclusive Temer, que foi presidente do partido por 15 anos.

— Temer adula Eduardo Cunha. Ele tem medo, pois Cunha sabe muita coisa do PMDB, inclusive dele — afirmou.

O líder do PSOL completou afirmando que o presidente afastado da Câmara tem perfil instável e pode denunciar colegas de partido.

— O Cunha é instável. Quando cair, vai sair atirando para todos os lados. Está na cara que Temer está fugindo do Cunha — declarou.

Nesta sexta, o presidente interino recebeu jornalistas de cinco publicações de circulação nacional, entre elas, O GLOBO. Temer, que foi presidente da Câmara por três vezes, , mas que não interferirá na decisão da Casa e que dará autonomia à Casa para solucionar a questão dele.

— Eu não vou me intrometer nessa disputa. Seria impróprio, especialmente para quem passou tanto tempo lá. Essas composições internas não alteram eventual apoio ao governo. Agora, para não alterar, é preciso que o presidente da República não interfira. Primeiro, porque está invadindo competência de outro poder; segundo, porque acha que o Congresso por si só não tem condições de escolher quem deve presidi-la — afirmou.

O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), classificou a decisão de Temer como sensata e respeitosa à atuação da Casa.

— O presidente tem sido sempre parceiro nosso. A decisão dele de se afastar da situação de Eduardo Cunha é muito sensata. Respeita muito o parlamento e não interfere nos trabalhos da Casa. Ele vai deixar com a própria Câmara a decisão — declarou Moura.

Uma decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de Eduardo Cunha. , ou seja, sem pauta com votação de projetos, apenas debates. Assim, a análise do recurso apresentado à CCJ pelo presidente afastado da Casa deve ficar para os dias 11 e 12 de julho.

 


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