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Entidades se manifestam sobre o fim do processo de impeachment

Por Agência O Globo

31/08/2016 17h00 — em
Brasil



SÃO PAULO - Poucas horas depois de o Senado decidir afastar definitivamente a presidente Dilma Rousseff do cargo, entidades empresariais e sindicatos começaram a se manifestar sobre o desfecho do processo. Em comum, pedem, principalmente, para que o governo de Michel Temer tome medidas para que o crescimento econômico no país seja retomado o mais rápido possível, além de agilidade nas reformas previdenciária, trabalhista e tributária, e ainda no combate à corrupção.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) Paulo Skaf que, desde o início se declarou favorável ao impeachment de Dilma, afirmou em nota que o país“ vive hoje um dia histórico”. Ele disse ainda que, nos últimos anos, o país andava “como um trem descarrilhado” e citou os altos índices de desemprego, o recuo do PIB e alta na inflação, além do fechamento de lojas e fábricas como sinais de uma “economia combalida”.

A entidade defendeu o ajuste fiscal como “a mãe de todas as reformas”, pediu que o governo de Michel Temer controle os gastos, combata à corrupção e não aumente os impostos. Skaf também considerou importante a reforma da Previdência e o destravamento de obras de infraestrutura no país.

“ Chegou a hora de voltar aos trilhos da confiança, do desenvolvimento, da gestão eficiente, da boa governança, do crescimento e da geração de empregos e riquezas para o país. Os desafios são grandes, as medidas necessárias são complexas, e os resultados serão obtidos com o tempo. O novo governo chega com um voto confiança da nação. Mas deve, com a ajuda de todos, ser firme no esforço diário pela reconstrução do nosso Brasil”, finaliza o comunicado.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) seguiu no mesmo tom.

“A Febraban segue disposta a contribuir para o fortalecimento do sistema bancário brasileiro e para o desenvolvimento sustentável do País, e compartilha, com o governo, o objetivo de restabelecer a confiança dos agentes econômicos, essencial para a recuperação da atividade e do emprego. A Febraban cumprimenta o presidente da República, Michel Temer, desejando-lhe uma administração exitosa pelo bem do Brasil”.

O diretor presidente da BM&FBovespa Edemir Pinto disse esperar a retomada das operações no mercado de capitais e um “choque de capitalismo” no Brasil para os próximos dois anos. “A decisão do Senado pelo impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff retira o Brasil e a economia de uma situação de espera, que impedia a tomada de decisões e o avanço. A partir da definição do novo Governo, e na expectativa do ajuste fiscal e das reformas estruturais, o Brasil passa a ter o seu caminho definido de forma mais clara e efetiva”.

Em um curto comunicado, o presidente do Santander Brasil Sérgio Rial afirmou que “é chegada a hora de se fazer um pacto pela retomada do crescimento econômico e da geração de empregos” e pediu “tolerância para reduzir a distância dos polos ideológicos” e “urgência” para tomar as medidas para que o país saia da crise o mais rápido possível e de forma sustentável.

Em seu comunicado, o sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) afirmou que a conclusão do impeachment “encerra a longa crise de governabilidade que agravou a recessão e o desemprego e levou o país a perder o grau de investimento” e que, nesta quarta-feira, se inicia uma “etapa decisiva” para a retomada do crescimento da economia. O sindicato também pediu que as reformas previdenciária, trabalhista e tributária avancem rapidamente.

“ As medidas econômicas até agora anunciadas sinalizam intenções positivas. Espera-se sua sustentação, com o apoio coeso da aliança das forças políticas e sociais que levaram ao impeachment. À indústria da construção civil caberá um papel de protagonismo na retomada econômica. Diversos indicadores dão conta da melhoria das expectativas dos empresários deste e de outros setores da economia. Quanto mais cedo crescer o volume de investimentos, mais rapidamente eles se traduzirão em obras, arrecadação e emprego”, diz um trecho da nota, pedindo ainda a retomada do Programa Minha Casa, Minha Vida.

A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) afirmou esperar que o país “volte a trabalhar e fazer sua lição de casa no sentido de recuperar e conomia e recolocar o país no rumo do desenvolvimento” e apoia as propostas do governo de corte de gastos, além das reformas previdenciária e trabalhista, a redução da taxa de juros e o combate à inflação.


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