Oportunismo de partidos e candidatos derrotados no AM testa limites do STF
O vice-governador cassado Henrique Oliveira ainda tenta no STF assumir o governo do Amazonas . A tese, levada ao Supremo, é a de que Henrique não pode ser responsabilizado por atos supostamente ilícitos atribuídos a José Melo. Já os deputados, que criaram um parlamentarismos às avessas, com a posse de David Almeida para cumprir a interinidade no governo, entendem que a eleição deveria ser indireta. A terceira ação é movida pelo senador Eduardo Braga, que alega que como segundo colocado no pleito de 2014, deve, por direito, assumir o governo. Tudo isso depois de realizada uma eleição suplementar, na qual Braga perdeu, assim como os deputados que participaram do pleito ao apoiarem a candidata Rebecca Garcia.
Uma eventual decisão favorável aos que buscam se apropriar do governo do Amazonas, desconsiderando que o eleitor fez uma escolha e precisa ser respeitado, encheria de vergonha a justiça brasileira .
FICA DIFICIL DEFENDER A ZFM
É preciso defender a Zona Franca, mas também é urgente que se saneia seus erros e se revise benefícios dados a certos grupos empresariais. Não pode passar em branco denúncia de pequenos e médios fabricantes de bebidas que acusam grandes produtores de refrigerantes, especialmente a Ambev Coca-Cola de superfaturarem o valor de insumos para aumentarem benefícios tributários recebidos por unidades instaladas em Manaus.
PMDB NO FIM
Com a popularidade do senador Eduardo Braga (PMDB) em queda livre, os deputados Vicente Lopes e Wanderley Dallas contam os dias para trocar de legenda. Suas diferenças com o senador ficaram patentes desde o primeiro turno da recente eleição suplementar, quando apoiaram Amazonino Mendes.
MANGOFA NAS REDES
A nova investida de Eduardo Braga para tomar, a ferro e fogo, o governo do Estado, mais uma vez pode ser um tiro no pé caso perca a batalha no STF e caia de vez no ridículo da opinião pública, que já faz mangofa do senador nas redes sociais.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.