O senador Eduardo Braga encontra dificuldades enormes para “se incluir” na reforma ministerial da presidente Dilma. Isolado dentro do PMDB, vê o sonho de ser indicado para o Ministério das Minas e Energia atropelado pelos caciques do partido, que querem um nordestino no lugar de Edson Lobão, o ministro demissionário que deve retornar ao Senado no próximo ano . O problema de Braga, entretanto, não está no PMDB, mas nele mesmo, na sua incrível incapacidade de se relacionar com interlocutores do Palácio do Planalto e com colegas de parlamento.  

Braga vive um momento difícil e podia se mirar no exemplo do ex-senador e prefeito de Manaus, Artur Neto, que depois da primeira gestão na prefeitura de Manaus teve que se reciclar para se tornar um politico respeitado nacionalmente e um prefeito com popularidade em alta.

OPOSIÇÃO DE MENTIRINHA

A bancada estadual do PMDB vai ter de escolher um caminho mais suave do que o da oposição feroz ao governo do Estado. O líder regional, senador Eduardo Braga começa a exigir do partido um posicionamento mais duro contra o governador José Melo, mas o corte das relações dos deputados reeleitos com o governo pode ser fatal para os seus planos políticos. Todos eles viveram dias de paz e harmonia com o governoestadual nas últimas décadas, e até pouco antes das eleições. Mudar agora, radicalmente, significa perder prestígio político e eleitoral. 

  OUTRA GALÁXIA

Afinal, em que galáxia está localizado o Brasil? Para o ministro do Supremo Gilmar Mendes, não é mais a Via Láctea. Não depois do escândalo da Petrobras. Até o mensalão, quando se falava em desvio de R$ 170 milhões, o ministro acha que ainda estávamos na nossa galáxia.  Porém quando o subalterno da petroleira Pedro Berusco “se propõe a devolver US$ 100 milhões, já estamos em um outro universo, em outra galáxia", diz Gilmar. Para ele, o mensalão agora “”teria que ser julgado em juizado de pequenas causas”.

NÃO PAGA O TRABALHO DO JUIZ

A juíza eleitoral de Coari/AM, Dinah Câmara, condenou uma série de mesários que não compareceram para trabalhar no pleito de 2010 e nem apresentaram justificativa. A multa, de R$ 35,14, não deve servir para corrigir esse tipo de evasão do serviço cívico, além da dúvida sobre se algum dos faltosos irá recolher, voluntariamente, um valor tão irrisório.

A FAVOR DA ZONA FRANCA

O ex-superintendente da Suframa, Thomaz Nogueira, diz ser uma boa escolha, para a ZFM, a indicação de Armando Monteiro para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) e conta o caso acontecido no Senado Federal, em 2013, quando Monteiro aceitou "excepcionar" a ZFM, mesmo defendendo alíquota menor que 12% no ICMS. 

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Nogueira acrescenta que, em 2008, Armando Monteiro também foi favorável à ZFM quando, na reforma tributária patrocinada pelo ex-presidente Lula, se discutia, às 2h da madrugada, parte do relatório referente à Zona Franca de Manaus e Monteiro afirmou que eram 100 mil empregos de qualidade e que a ZFM era importante para o Brasil. O relatório foi aprovado.