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Marinha argentina investiga novo suposto 'contato' a 950 metros de profundidade

Por Portal Do Holanda

04/12/2017 6h24 — em
Mundo


Foto: José Scalzo

BUENOS AIRES e MAR DEL PLATA - A Marinha informou neste domingo que esta 'investigando um novo contato', a 950 metros de profundidade, nas operações em busca do submarino ARA San Juan, desaparecido desde 15 de novembro enquanto viajava na região da Patagônia, entre a Tierra del Fuego e Mar del Plata, com 44 tripulantes a bordo.

- Está sendo investigado um novo contato. Durante a madrugada se identificou outro ponto, a 950 metros de profundidade, cujo contato metálico havia sido corroborado por duas embarcações com diferentes sensores - disse o porta-voz naval, Enrique Balbi, neste domingo, quando se somam 18 dias desde o desaparecimetno do San Juan.

Ele acrescentou, segundo o La Nación, que este "contato metálico" foi detectado pelos navios Cabo de Hornos e Skandi Patagonia. "Está sendo investigado", disse, seundo a agência Télam.

- Segue-se investigando este ponto, para que se possa ir descartando um a um, e que não se deixe nada ao acaso - resumiu, o porta-voz naval em alusão ao contato localizado a 950 metros de profundidade.

Ainda assim, o porta-voz da Marinha assegurou que as condições climáticas não são as mais favoráveis, uma vez que os trabalhos vêm sendo feitos em águas com ondas de até dois metros de altura, o que dificulta as tarefas de busca.

- A meteorologia é adversa - sublinhou.

Balbi também assegurou que o grupo de especialistas que havia viajado até a Alemanha para um reunião com a empresa que fabricou o submarino está de volta ao país para trabalhar na base com as informações obtidas e que vários navios são mantidos na região para continuar as buscas.

Segundo informações adicionais da agência AP, a Marinha Argentina tentava fazer contato visual com o terceiro sinal detectado a 950 metros de profundidade, para confirmar ou descartar a possibilidade de corresponder ao submarino ARA San Juan. Segundo Balbi, com a piora das condições meteorológicas, não foi possível fazer contato visual - inicialmente a um ponto a 750 metros - e por isso as buscas se concentraram a outro ponto a 950 metros.

Um sinal anteriormente localizado a 450 metros foi descartado quando um robô submarino russo fez contato visual com a embarcação identificada como um navio de pesca afundado.

Nas buscas pelo ARA San Juan cooperam Rússia, Estados Unidos, Chile, Gran Bretanha e Brasil e a área de rastreamenteo está localizada onde se detectou uma explosão que poderia ter origem no submarino, segundo a Marinha. Os sinais acústicos detectados anteriormente foram verificados por contato visual, explicou Balbi, dizendo que a busca não tem data de finalização, embora as posssibilidades de haver sobreviventes tenham sido descartadas.

Durante a entrevista concedida por Enrique Balbi à imprensa neste domingo, o pai de um tripulante reclamou não ter sido informado pela Marinha desde os inícios das bucas. O porta-voz respondeu que vem sendo prestada assistência aos familiares - muitos dos quais aguardam notícias na base de Mar del Plata, a 400 quilômetros ao sul de Buenos Aires.

Balbi confirmou, também, que os familiares dos tripulantes que estavam no Ara San Juan já receberam os vencimentos dos submarinistas e que a Força está em permanente contato com eles.

A Justiça abriu um ação para investigar o desaparecimento do submarino. A última comunicação com o Ara San Juan foi durante a manhã de 15 de novembro quando o submarino navegava no golfo San Jorge, rumo a Mar del Plata, para uma atividade de treinamento.

Manifestação pacífica e descontentamento com ação do governo

Familiares dos tripulantes desaparecidos do submarino reunidos em Mar del Plata fizeram uma caminhada pacífica pelas ruas de Mar del Plata, sede da base naval para onde deveria regressar a embarcação. Dezenas de parentes, amigos e cidadãos comuns fizeram uma maninfestação pública conjunta, criticando a resposta do governo à tragédia.

"Todas as famílias nos encontramos nesta luta (...) O desentendimento é com o Estado, com o presidente (Mauricio Macri), não com a Marinha", disse Marcela Moyano, esposa do tripulante maquinista Hernán Rodríguez. Estamos "desamparados pelo governo", enfatizou, em meio a uma mobilização onde dominaram a cena bandeiras da Argentina, fotos dos tripulantes desaparecidos e do submarino Ara San Juan.

Espera-se ainda neste domingo que o presidente da Argentina, Mauricio Macri, faça um pronunciamento em rede nacional, para decretar três dias de luto no país pelo desaparecimento do submarino "ARA San Juan" e de seus 44 tripulantes no Atlântico Sul, segundo informações do jornal "Clarín".


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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