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Unimed nega atendimento à criança que morre

Por Portal Do Holanda

17/02/2014 17h24 — em
Amazonas




(Pais de Lunna com a Certidão de Óbito: "Negligência médica")

 

Lunna Gabriella não vai fazer a cirurgia para corrigir cardiopatia congênita quando completar seis meses de idade, que poderia dar mais qualidade de vida para a criança, que também é acometida pela síndrome de Down.

Filha de Diego Gomes de Araújo e Luana Dantas Pinheiro, Lunna morreu no Hospital e Pronto Socorro da Criança, o Joãozinho, na Zona Leste, no dia 8 de janeiro deste ano, depois de sofrer procedimento cirúrgico possivelmente  inadequado na Unimed.

 

Levada pelos pais para o Hospital Infantil da Unimed na madrugada do dia 5 de janeiro com vômito e falta de ar, ali foi diagnosticado que Lunna estava desidratada e desnutrida em função da crise de vômito. O procedimento a seguir seria hidratar a pequena Lunna, que tinha exatos dois meses e seis dias de idade.

 

Enfermeiros e técnicos não conseguiram injetar soro na veia de Lunna e chamaram o cirurgião Roberto Ernesto Vigil Guerrero, que optou por fazer dissecção (corte cirúrgico) na jugular e, depois, uma intraóssea – após o que ele avisou ao pai de Lunna, Diego, estar tudo sob controle - embora a pequena Lunna necessitasse passar por avaliação de cirurgião vascular no dia seguinte, o que deveria ocorrer por volta das 7h.

(Corte na jugular pode ter acelerado a morte de Lunna)

O plano de saúde de Lunna estava em período de carência e não cobria internação nem procedimento cirúrgico vascular. Assim, a Unimed avisou que a criança seria transferida para o Joãozinho, na Zona Leste, o que de fato ocorreu e, por volta das 10h, Lunna deu entrada no Joãozinho.

 

O anestesista da Unimed, que acompanhara Luna na transferência, relatou o que ocorrera na Unimed ao médico plantonista do Hospital Joãozinho. Havia sangue no pescoço da pequena.

(Gaze encontrada dentro do corte feito na Unimed no pescoço de Lunna)

 

No Hospital Joãozinho, Diego se certificou de que o cirurgião Guerrero lesionara a jugular de Lunna ao tentar inserir o catéter e ocasionara uma hemorragia que tentou estancar com gaze. Tal fato foi levantado pelo cirurgião vascular do Hospital Joãozinho, doutor Fernando.

Lunna ficou internada até o dia 8 de janeiro e passou por mais duas transfusões. Guerreira, lutou pela vida mas seu pequeno organismo, necessitando passar por uma cirurgia cardíaca de urgência, não resistiu e ela morreu no dia 8 de janeiro, meia hora depois de seus pais a terem visitado no Joãozinho.

 

Seus pais, Diego e Luana, estão processando tanto a Unimed quanto o cirurgião Roberto Ernesto Vigil Guerrero, CRM-5607, por suspeita de negligência médica.

(Certidão de óbito levanta a suspeita de negligência médica)


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