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Protesto contra passaporte da vacina acaba em invasão e pancadaria na Alerj

Por Folha de São Paulo

08/12/2021 19h37 — em
Variedades



RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - A votação de um projeto de lei contra o passaporte da vacina terminou em pancadaria e vidros quebrados na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) na tarde desta quarta-feira (8). Um grupo de manifestantes antivacina tentou invadir o prédio, foi impedido por seguranças e houve conflito. Não há informações sobre feridos ou detidos.

Em nota enviada à reportagem, a Alerj explicou que parte do grupo não conseguiu acessar o prédio porque a lotação máxima da galeria destinada ao público já havia sido atingida, além de muitos dos manifestantes estarem sem máscaras de proteção.

O projeto de lei 4919/2021, de autoria dos deputados Filipe Soares (DEM) e Márcio Gualberto (PSL), prevê que seja proibida a "discriminação" contra aqueles que se recusarem a tomar a vacina contra a Covid-19.

Na capital fluminense, o prefeito Eduardo Paes (PSD) instituiu a obrigatoriedade de apresentar o cartão de vacinação para acessar locais como hotéis, bares e pontos turísticos. O projeto dos dois deputados também se opõe à medida, mas saiu da pauta do dia após emendas no texto. Ainda não há data para nova discussão em plenário.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram manifestantes gritando "fora, Paes" e dizendo que "querem liberdade". Também foram registradas palavras de ordem contra o passaporte da vacina e manifestantes afirmando que o passaporte é uma "ditadura".

Na justificativa do projeto de lei, os deputados afirmam que a exigência do passaporte está ajudando a criar cidadãos "sujeitos à marginalização".

Durante a votação de outros projetos que estavam na pauta do dia, a confusão nas galerias da Alerj chamou a atenção do presidente da Casa, André Ceciliano (PT). Ele avisou sobre a necessidade de máscaras e chamou de "vergonha" a quebra de um dos vidros.

"Quebraram o vidro. É isso aí, a gente já conhece essas vergonhas. Vou retirar o projeto de pauta e não entra, hein?", disse Ceciliano. O presidente lembrou que havia combinado previamente com Gualberto que não poderia haver confusões dentro da Casa.

Para tentar conter os manifestantes —convocados em suas redes sociais—, Gualberto falou ao microfone e pediu para que eles "dessem o exemplo".

"A presidência está nos tratando com máximo respeito, por favor, pelo amor que vocês têm a Deus, precisamos dar o exemplo. Aqui na Alerj todos os debates estão sendo permitidos, não há necessidade disso. Isso não ajuda", disse o deputado.


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