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Prefeitura de SP mantém corridas de rua, mas com limitação de público

Por Folha de São Paulo

18/01/2022 20h06 — em
Variedades



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Nas recentes medidas diante do aumento de casos de Covid-19, a Prefeitura de São Paulo manteve o calendário de corridas de rua, mas com limitação de público. Assim como os demais eventos esportivos, as provas terão 30% da redução de sua capacidade.

Em nota, a gestão da capital paulista reforça ainda que seguem em vigor as regras: recomendação de distanciamento, uso obrigatório de máscaras e exigência do comprovante de vacinação em eventos com mais de 500 pessoas.

Por meio de sua assessoria, a Secretaria Municipal de Esportes explicou que o protocolo para o uso de máscaras será o mesmo do que tem sido adotado em provas recentes, como na São Silvestre. O item era obrigatório somente na arena, na largada e na chegada, mas estava liberado durante o percurso.

Em reportagem no fim do ano passado, a Folha falou com especialistas sobre a questão, quando corredores se preparavam para disputar a São Silvestre. Para a infectologista Raquel Stucchi, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), apesar de a variante ômicron ter mudado a perspectiva que se tinha sobre a flexibilização de medidas como o uso de máscara, a orientação está correta.

"No decorrer da prova, não faz sentido o risco potencial de transmissão correndo, ninguém vai conversar", pontuou. "Mesmo que tenha um pelotão com as pessoas mais próximas no começo, não tem tanto risco de transmissão desde que não se fique conversando."

Stucchi reforçou, no entanto, a necessidade do uso tanto na arena, onde é mais difícil manter o distanciamento, ainda que seja ao ar livre, como no deslocamento até a prova e na volta para casa. Além disso, ela ressaltou a recomendação para quem não for correr o tempo inteiro.

"Tem gente que chega a um terço da prova e começa a andar, interage com pessoas que não são do seu dia a dia. Esses devem usar máscara."

As corridas retornaram às ruas da capital paulista no fim do ano passado, após a realização de dois eventos testes que definiram uma base de medidas a serem seguidas. Naquele momento, no entanto, o país observava uma queda de casos e óbitos causados pelo coronavírus com o avanço da vacinação.

A chegada da variante ômicron no início de dezembro mudou esse cenário. A média móvel desta segunda-feira (17) já se aproxima dos dois maiores da doença no país, em março e junho do ano passado. Foram 75.200 infecções agora, contra 77.120 em março e 78.663 em junho, de acordo com o Our World in Data.

Um levantamento realizado por laboratórios do país apontou que a nova cepa corresponde a 98,7% dos novos casos, ao mesmo tempo em que o Brasil enfrenta problemas de testagem. Clínicas, farmácias e serviços públicos não têm conseguido atender a procura por diagnóstico.

Diante disso, a prefeitura da capital cancelou o Réveillon e o Carnaval de rua, além de estender a obrigatoriedade da máscara ao menos até 31 de janeiro e limitar a realização de eventos.


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