PM de folga mata pintor com 4 tiros durante festa de aniversário no ES
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um pintor foi morto a tiros por um policial militar de folga, durante uma confusão em uma festa de aniversário em Vitória, no Espírito Santo, na noite de ontem.
Fernando da Silva Santos, 32, foi morto com quatro tiros. O pintor foi baleado no peito, no braço, no rosto e nas costas. A informação consta no boletim de ocorrência.
Pintor estava no aniversário de um tio, junto com a família, quando foi morto. À polícia, os parentes explicaram que, antes de ser baleado, Fernando teria se desentendido com outro homem, morador do mesmo bairro, que foi à festa como penetra. Esse homem estaria embriagado, incomodando os convidados e, inclusive, teria jogado bebida em Fernando.
Após ser expulso, ele teria ido até casa, pegado um facão e retornado ao local da festa. Em seguida, passou a fazer ameaças a Fernando, e os dois iniciaram uma discussão. Foi nesse momento que o PM entrou na confusão e disparou quatro vezes contra o pintor. A vítima morreu no local.
PM não fugiu da cena do crime, ele mesmo acionou a polícia e alegou ter agido em legítima defesa. Em depoimento, o agente relatou que estava na casa de um tio e, ao ir embora, teria visto Fernando armado no meio da rua. O militar alega que pediu ao pintor para largar a arma.
Fernando teria se recusado a obedecer as ordens e ido para cima do PM, que atirou e o matou. Suposta pistola usada pelo pintor era uma arma falsa, que foi apreendida pela polícia no local do crime, ainda de acordo com o boletim de ocorrência. Família nega que Fernando estivesse armado.
Caso foi registrado como morte decorrente de uma ação de legítima defesa na Delegacia Regional de Vitória. O PM foi ouvido e na sequência liberado. A Polícia Civil disse que o caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa. O órgão não informou se o homem que discutiu com Fernando foi ouvido.
Corregedoria da Polícia Militar disse ter instaurado procedimento administrativo para apurar o caso. "Todos os procedimentos legais são garantidos às partes envolvidas, assegurando a lisura das apurações. Sobre os questionamentos, a Corregedoria informa que tem ciência do fato e que todas as medidas cabíveis serão adotadas para apurar o caso e verificar o grau de envolvimento do policial militar citado".
Como o PM não teve o nome divulgado, não foi possível localizar sua defesa para pedir posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.
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