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Nunes é proibido de fazer novas demolições em parque após derrubar teatro

Por Folha de São Paulo

18/02/2025 17h00 — em
Variedades



SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - A Justiça de São Paulo proibiu a prefeitura da capital paulista de fazer novas demolições no Parque do Povo, na zona oeste de São Paulo. A medida ocorre após a gestão de Ricardo Nunes (MDB) destruir a sede de um teatro e uma escola de capoeira na última semana.

A gestão municipal só poderá fazer demolição para manter a segurança dos usuários do local. A medida é válida para caso de risco de desabamento ou outra questão relevante, segundo decisão proferida nesta terça-feira (18). O juiz Evandro Carlos de Oliveira destacou que o local é tombado pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo).

Magistrado determinou que Nunes e a prefeitura sejam citados. A justiça determinou que a gestão se manifeste para contestar a ação em até 40 dias úteis, caso contrário os fatos denunciados serão considerados verdadeiros.

A decisão atendeu parcialmente a ação de políticos do PSOL de São Paulo. A deputada federal Luciene Cavalcante, o deputado estadual Carlos Giannazi e pelo vereador da capital paulista Celso Giannazi também solicitaram que a realocação dos grupos de teatro e capoeira dentro do parque, indenização pelos danos sofridos e reconstrução das obras demolidas -estas negadas pelo judiciário.

Prefeitura nega que tenha demolido as estruturas sem aviso. Em nota ao UOL na última semana, a gestão ainda disse que o local tinha "sinais de abandono" e que os objetos foram "retirados pelo responsável da atividade, com ajuda da equipe operacional da Prefeitura de São Paulo". No domingo (15), havia peças sob escombros e um piano destruído em meio ao concreto.

Nesta terça, a gestão Nunes disse que disponibilizou um centro cultural para a escola de capoeira funcionar no mesmo bairro. Em nota, eles afirmaram que o local tinha atividades incompatíveis, como comércio de bebidas alcoólicas e explosão de estacionamento particular não autorizado. "No local, havia uma estrutura de alvenaria construída irregularmente em 2012, 17 anos após o tombamento pelo Condephaat, e encontrava-se em condições precárias. A construção estava abandonada e não havia indícios de uso cultural ou teatral."


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