Nova greve de motoristas de ônibus atinge 675 linhas em SP
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A greve de motoristas e cobradores de ônibus retomada na madrugada desta quarta (29) em São Paulo afeta 675 linhas diurnas, das 1.193 existentes, e 6.008 ônibus, que transportariam 1,5 milhão de passageiros no pico da manhã, segundo balanço divulgado pela SPTrans.
Durante a madrugada, 88 linhas noturnas, de um total de 150, não operaram. A partir das 4h, a operação em todas as garagens dos grupos estrutural e de articulação regional foi interrompida, exceto na Express, na zona leste.
O rodízio municipal de veículos está suspenso. Carros com placas com final 5 e 6 podem circular. Faixas exclusivas e corredores de ônibus também estão liberados enquanto durar a greve.
No início da manhã, passageiros formavam longas filas nos pontos de ônibus nas ruas para tentar embarcar nos micro-ônibus das linhas que fazem trajetos entre os bairros e os terminais de ônibus.
Na frente do terminal Vila Nova Cachoeirinha (zona norte de SP), o frentista Jackson da Costa, 28, filmava a fila em frente a dois pontos e que tinha mais de cem pessoas, para mostrar ao chefe que não conseguiria chegar às 7h no posto de combustíveis na Casa Verde, também na zona norte.
"Não dá para subir", afirmava na ligação por vídeo.
No início da manhã, passageiros formavam longas filas nos pontos de ônibus nas ruas para tentar embarcar nos micro-ônibus das linhas que fazem trajetos entre os bairros e os terminais de ônibus.
Na frente do terminal Vila Nova Cachoeirinha (zona norte de SP), o frentista Jackson da Costa, 28, filmava a fila em frente a dois pontos e que tinha mais de cem pessoas, para mostrar ao chefe que não conseguiria chegar às 7h no posto de combustíveis na Casa Verde, também na zona norte.
"Não dá para subir", afirmava na ligação por vídeo.
O reajuste nos salários, segundo afirmou o prefeito no último dia 14, impacta diretamente no subsídio pago pela prefeitura. No ano passado, o valor gasto foi de R$ 3,3 bilhões, mas Nunes admite que vai subir, principalmente porque o município não reajustar a passagem desde janeiro de 2020 atualmente o preço está em R$ 4,40 e a SPTrans calcula, que sem aumento no subsídio, o valor teria de subir para cerca de R$ 7,40.
A greve desta quarta foi aprovada durante assembleia comandada na tarde de terça (28) pelo SindMotoristas, o sindicato da categoria.
Em nota, o sindicato disse que mais de 6.000 pessoas participaram da assembleia, na sede da instituição, na Liberdade, região central da cidade.
No dia 31 de maio, a SPTrans obteve decisão liminar na Justiça do Trabalho que determina a manutenção de 80% da frota operando nos horários de pico e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil.
"A SPTrans irá solicitar à Justiça a cobrança desta multa, além de autuar as empresas pelo não cumprimento das viagens", afirma a nota sobre a greve.
No último dia 14, motoristas e cobradores paralisaram por cerca de 16 horas os ônibus estruturais, que são aqueles que ligam bairros aos grandes corredores e região central. Ao todo, 6.500 veículos de 713 linhas deixaram de circular, afetando 1,5 milhão de pessoas, segundo SPTrans, estatal ligada à prefeitura.
A greve só foi suspensa após a categoria conseguir 12,47% de reajuste nos salários, retroativo a maio. Mas não houve resposta a outras reivindicações, como a hora de almoço remunerada.
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