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Nível do Guaíba cai e fica abaixo de marca histórica da enchente de 1941

Por Folha de São Paulo

10/05/2024 9h30 — em
Variedades



SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - O Guaíba, em Porto Alegre, voltou a ficar abaixo da marca histórica de 1941, quando chegou a 4,76 metros e inundou grande parte do centro da capital.

Nível atual está em 4,74 metros, segundo medição feita às 6h15 desta sexta-feira (10). O dado é da aferição das réguas da Sema (Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura) e da ANA (Agência Nacional de Águas).

Diminuição no nível do Guaíba foi de 58 centímetros em cinco dias. Na segunda-feira (6), altura da água atingiu 5,32 metros, o maior nível registrado até agora.

Guaíba continua quase dois metros acima do nível de inundação. A referência de 3 metros é usada como sinalização para possíveis danos nos municípios em torno do corpo d'água.

Mudança de vento afetará o Guaíba na próxima semana. Uma massa de ar frio de origem polar, somada a um vento Sul e prevista para a noite da terça-feira (14), deve fazer o corpo d'água subir pelo menos 20 centímetros em poucas horas, segundo o MetSul.

NOVAS CHUVAS SÃO PREVISTAS NO ESTADO

Chuva com maior intensidade será entre o centro-norte e leste gaúcho, incluindo o litoral norte do estado e o sul de Santa Catarina, segundo o Inmet. Os volumes de chuva podem passar dos 100 milímetros entre os dias 10, 11 e 12 de maio.

Começo da semana terá rajadas de vento entre o oeste e o sul do estado. Entre o fim do domingo (12) e a segunda-feira (13), as rajadas de vento variam de oeste a sul, com velocidade acima de 30 km/h. Já na terça-feira (14), os ventos enfraquecem.

Essa condição acontece devido à instabilidade que retorna com mais força ao Rio Grande do Sul no fim desta semana. Inicialmente, como frente quente, uma vez que a frente fria recua de Santa Catarina para o estado gaúcho.

CHUVAS DEIXARAM MAIS DE 100 MORTOS NO RIO GRANDE DO SUL

Há 113 óbitos e 756 feridos no estado, segundo a Defesa Civil. O órgão ainda investiga se uma morte registrada durante o período das chuvas tem relação com as enchentes.

Desalojados e desabrigados somam mais de 400 mil. Há 337.116 pessoas fora de casa e outras 69.617 em abrigos, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil às 9h desta sexta-feira (10).

Dos 497 municípios do estado, 435 foram afetados pelas chuvas, que atingem 1,9 milhão de pessoas. Há pelo menos 163 mil casas sem energia elétrica e outras 385 mil pessoas sem água em casa.


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