Moradores da Grande SP protestam contra a falta de luz
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Moradores atingidos pelo apagão na Grande São Paulo realizam protestos nesta segunda-feira (14) para chamar atenção para a falta de energia.
No Campo Limpo, zona sul da capital, pessoas há mais de 70 horas no escuro realizam manifestação na rua Domingos de Góes. Eles atearam fogo em madeiras e fecharam a via.
No Valo Velho, também na zona sul, moradores fazem uma passeata pedindo o restabelecimento da energia elétrica.
Já na Lapa, zona oeste, vizinhos se concentraram na rua Tomé de Souza.
Em São Bernardo do Campo (ABC), na avenida Caminho do Mar, a Polícia Militar foi acionada para conter manifestantes que protestavam contra a falta de energia. O grupo bloqueava a via. Em Diadema, a PM também foi chamada para liberar via fechada por protestos.
O apagão começou na sexta-feira (11). Três dias depois, mais de 537 mil imóveis continuam sem luz no estado, segundo balanço divulgado pela Enel --concessionária responsável pela distribuição em 24 municípios da Grande São Paulo
De acordo com a empresa, o serviço foi normalizado para 1,5 milhão de clientes e as equipes em campo receberam reforços do Rio de Janeiro e do Ceará.
A Enel ainda se comprometeu com o governo a contratar mais 700 eletricistas, passando de 1.800 para 2.500 o número de profissionais próprios em campo para tentar resolver o problema. Outras quatro concessionárias devem enviar reforços.
Na capital, a falta de energia elétrica afeta 354 mil imóveis. O apagão atinge também municípios como Cotia (36,9 mil), Taboão da Serra (32,7 mil) e São Bernardo do Campo (28,1 mil).
Os problemas no fornecimento de energia afetam o funcionamento de estações elevatórias e boosters, equipamentos que transportam a água para locais mais altos.
Consumidores e empreendedores que tiveram algum prejuízo com o apagão em bairros da cidade de São Paulo há alguns dias podem receber indenização, caso consigam provar que foram prejudicados pela queda de energia.
Em caso de aparelho que foi danificado, especialistas em direito do consumidor afirmam que a reclamação deve ser encaminhada diretamente para a companhia de energia elétrica responsável pelo abastecimento na região. Segundo Código de Defesa do Consumidor, o prazo é de 90 dias para que seja dada uma resposta ao cliente.
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