Modelo acusa o senador Irajá Silvestre Filho (PSD) de estupro
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma modelo de 22 anos acusa o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-TO), 37, de tê-la dopado e estuprado na madrugada desta segunda-feira (23) em um flat no Itaim Bibi, na zona oeste da capital paulista. O político, que é filho da também senadora Kátia Abreu (PP-TO), negou que tenha cometido crime e chamou a acusação de farsa. Segundo relatado por amigos da vítima à polícia, a modelo conheceu o senador no restaurante do Jockey Club, onde teriam almoçado. Depois, os dois foram até um bar na zona oeste, onde encontraram outras pessoas e consumiram bebidas alcoólicas. Segundo relato da modelo no boletim de ocorrência, ela então teria perdido a consciência e acordado na suíte de um flat, no Itaim Bibi. No relato, a modelo conta que acordou e recobrou a consciência com o senador em cima dela, penetrando-a e dizendo as frases "agora você é minha" e "eu estou apaixonado". Temendo por sua segurança, ela afirmou à polícia que não resistiu à violência, mas que pediu para ir ao banheiro e tomar água, na tentativa de fugir do político, sem sucesso. Conforme registrado pela polícia, a vítima diz que conseguiu sair após o suspeito concluir o ato sexual, sem preservativos. Em seguida, ela se trancou no banheiro e enviou mensagens a amigos, informando sobre o abuso. Uma amiga da vítima, também modelo, de 34 anos, chegou ao 3º andar onde fica o flat para ajudá-la. Ambas saíram do local e foram à recepção do edifício, onde acionaram a PM. Ao chegarem ao prédio, policiais foram ao quarto onde o senador estava, mas o político havia saído do local. A suíte foi preservada para a realização de exames periciais. A vítima também foi submetida a exames sexológicos e toxicológicos. O caso foi registrado como estupro no 14º DP e será investigado pela 3ª DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). Em nota, o senador afirmou ter tomado conhecimento do "episódio infame" com surpresa. "Eu sempre pautei minha vida profissional, pública e pessoal pela ética, respeito e retidão, sendo inimaginável ser acusado de algo dessa natureza", disse. O político informou que solicitaria à polícia a realização de exame de corpo de delito na vítima "para comprovar a verdade". Alegando inocência, o senador disse lamentar ter sido envolvido em uma farsa, um "enredo calunioso e difamatório que busca manchar o meu nome em função da visibilidade momentânea da função que ocupo". Ele acrescentou que vai se manifestar novamente somente após a conclusão das investigações. "Declaro e reitero que não cometi ilícito algum e estou à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários", finaliza nota. Procurada, a modelo não respondeu a reportagem até a publicação desta reportagem.
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