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Força-tarefa da Receita Federal investiga metanol em bebidas adulteradas

Por Folha de São Paulo

16/10/2025 11h45 — em
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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Uma força-tarefa nacional da Receita Federal deflagrou nesta quinta-feira (16) uma operação para investigar a origem do metanol utilizado em bebidas alcoólicas adulteradas. Batizada de Alquimia, a ação mobiliza 48 servidores da Receita Federal e conta com a participação da Polícia Federal, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A operação foi motivada pelo aumento de casos de intoxicação por metanol desde setembro deste ano. O objetivo é coletar amostras para análises químicas que possibilitem identificar a procedência da substância e compará-las com as obtidas em bebidas falsificadas já apreendidas.

As coletas de amostras estão sendo realizadas em 24 empresas localizadas em 21 cidades de cinco estados: São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Entre os alvos estão importadores, terminais marítimos, empresas químicas, destilarias e usinas.

A operação Alquimia é um desdobramento das operações Boyle e Carbono Oculto, que revelaram um esquema de adulteração de combustíveis com metanol. Segundo as investigações, há fortes indícios de que esse combustível adulterado esteja sendo utilizado na fabricação clandestina de bebidas alcoólicas.

Em agosto, a operação Carbono Oculto identificou que empresas químicas regulares compravam metanol importado e o repassavam a empresas clandestinas, que desviavam o produto para postos de combustíveis. Nesses estabelecimentos, o metanol era adicionado ilegalmente à gasolina vendida aos consumidores.

As investigações apontam que algumas empresas químicas desviaram parte do metanol de sua cadeia regular de produção. Destilarias teriam adquirido a substância, com notas fiscais que indicavam caminhões e motoristas que nunca chegaram aos destinos informados, sugerindo fraude documental.

Segundo o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), práticas como adulteração, falsificação, contrabando e produção em fábricas clandestinas geram prejuízos de R$ 85,2 bilhões ao setor de bebidas alcoólicas, incluindo sonegação de tributos.

CONFIRA AS CIDADES ALVO DA OPERAÇÃO:

Mato Grosso: Várzea Grande.

Mato Grosso do Sul: Caarapó, Campo Grande e Dourados.

Paraná: Araucária, Colombo e Paranaguá.

Santa Catarina: Cocal do Sul.

São Paulo: Araçariguama, Arujá, Avaré, Cerqueira César, Cotia, Guarulhos, Jandira, Laranjal Paulista, Limeira, Morro Agudo, Palmital, Sumaré e Suzano


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