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Filhos de Gandhy desfilam em homenagem a orixás da doença e da cura

Por Folha de São Paulo

23/02/2020 19h06 — em
Variedades



SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) - Uma multidão já se aglomerava desde o início da tarde deste domingo (23) no Pelourinho. Sentados em cadeiras ou banquinhos ao ar livre, os associados dos Filhos de Gandhy ajustavam nas cabeças os seus turbantes, moldados antes do desfile pelas turbanteiras e turbanteiros do bloco.

Em seu 71º Carnaval, os Filhos de Gandhy trouxeram para a avenida um tributo aos orixás Omolú-Obaluyê, deuses da doença e da cura.

Antes de iniciar o desfile entre o Pelourinho e a praça do Campo Grande, os associados do blocos participaram do padê, cerimônia do candomblé na qual se pede licença e proteção para Exu, orixá dono da rua.

O ritual é feito sempre no domingo de Carnaval, primeiro dia de desfile do afoxé que surgiu em 1949 fundado por estivadores em homenagem ao líder pacifista indiano Mahatma Gandhi.

Depois do padê, por volta das 16h30, os cerca de 5.000 associados, todos homens, iniciaram o desfile pelas ruas do pelourinho ao som dos agogôs, percussão e instrumentos de sopro.

Neste ano, a fantasia voltou a ter apenas as tradicionais cores azul e branco em homenagem aos orixás Oxalá e Ogum. No ano passado, o afoxé gerou polêmica entre seus associados ao desfilar com uma fantasia que continha tons de amarelo, em homenagem aos 70 anos do bloco.

As mulheres desfilam no afoxé Filhas de Gandhy, que sai em um cordão separado.

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