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Empresa comprou e revendeu carne que ficou submersa nas enchentes do RS, afirma polícia

Por Folha de São Paulo

22/01/2025 9h45 — em
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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Policiais civis do Rio de Janeiro fazem nesta quarta-feira (22) uma operação contra uma empresa suspeita de comprar e revender carne bovina estragada, que ficou submersa durante as enchentes no Rio Grande do Sul, em 2024.

A polícia afirma que a revenda do produto teve alcance nacional.

A empresa, que não teve o nome revelado, fica em Três Rios, município do sul fluminense a 129 km da cidade do Rio.

Policiais da Decon (Delegacia do Consumidor), responsáveis pela Operação Carne Fraca, prenderam um representante da empresa em flagrante. Ele não teve o nome revelado e a polícia não informou se constituiu advogado.

Segundo as investigações, sócios de uma empresa compraram 800 toneladas de carne bovina estragada, que estava submersa em ruas de Porto Alegre no mês de maio do ano passado.

No momento da compra, sócios informaram que o objetivo era a produção de ração animal. O produto tem uma escala diferente de contaminação daquela considerada aceitável para humanos por órgãos de fiscalização de alimentos.

O grupo vendeu a carne estragada para outras empresas. A polícia afirma que o lucro obtido passou de 1.000% e que a empresa colocou "em risco consumidores de todo o Brasil".

Os investigados podem responder por associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos.

As chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul em 2024 causaram inundação em ao menos 364 dos 497 municípios gaúchos, e mais de 180 pessoas morreram. Comércio, fábricas e parte da produção agrícola foram fortemente afetados por perdas de produtos.


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