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COP30 abre segunda semana com atos no pavilhão

Por Folha de São Paulo

17/11/2025 10h14 — em
Variedades



BELÉM, PA (FOLHAPRESS) - Além das manifestações de rua, a segunda semana da COP30 começou com atos também dentro do pavilhão principal de negociações.

Na manhã desta segunda-feira (17), protestantes se reuniram para defender uma transição justa -ou seja, que as ações de combate à mudança climática não privilegiem apenas os países ricos, mas também as populações mais vulneráveis e nações do sul global.

POLICIAMENTO

Em dia de marcha indígena, o policiamento da COP30 foi reforçado nesta segunda-feira (17). Agentes da Força Nacional e da Polícia Militar do Pará cercam o acesso à zona azul, com mais de uma dezena de viaturas, e o bloqueio das ruas foi ampliado.

Voluntários da COP30 estão exigindo a apresentação da credencial para o evento na entrada do hangar, algo que não acontecia antes.

A entrada no hangar costumava ser aberta, com um grande portão de fácil acesso -agora, só pode ser feita em filas. Há cinco caminhões do exército e dois ônibus da Polícia Federal dentro do perímetro da zona azul, o espaço oficial da conferência.

CARIMBÓ

Na noite deste domingo, participantes estrangeiros da COP30 caíram no carimbó, ritmo tradicional paraense, na Feira do Açaí, em Belém.

Ao som do grupo Carimbó Selvagem, eles ensaiaram passos ao lado dos locais. A escritora francesa Anna Sibran era uma das mais animadas, dançando sem parar. "É um ritmo que transmite alegria, que conecta as pessoas e que nos conecta à terra e ao coração. É livre e anticonformista", opinou.

Já o holandês Lennard de Klerk, da organização Initiative on GHG Accounting of War, achou a música "muito animada". "Eu gosto de dançar, mas eu sinto que vocês brasileiros sabem dançar muito bem, e eu sou o cara europeu duro."

Ele elogiou a atmosfera da festa: "É muito relaxada, todo mundo dança junto, é uma excelente experiência estar aqui".

De Klerk estava acompanhado da britânica Ellie Kinney, diretora sênior de defesa do clima do Conflict and Environment Observatory, que disse que aprendeu alguns passos com um paraense. "Mas eu sou britânica, meus pés e meu quadril não se movem como os de um brasileiro, mas eu tento", afirmou entre gargalhadas.

Os dois opinam que esses momentos são necessários para relaxar da tensão da rotina intensa da COP. "A conferência acontece em um lugar fechado, há muito trabalho. E nós temos esse único dia de folga para conhecer um pouco do país anfitrião", finalizou o holandês. (Augusto Pinheiro)


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