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Braskem assina acordo e deve pagar R$ 1,2 bi por afundamento de solo em Maceió

Por Folha de São Paulo

12/11/2025 12h36 — em
Variedades



PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) - A Braskem assinou um acordo com o governo de Alagoas para o pagamento de indenização de R$ 1,2 bilhão pelos danos causados pelo afundamento do solo que atingiu vários bairros de Maceió.

O valor será pago em parcelas anuais ao longo de dez anos, dos quais R$ 139 milhões já foram quitados. O anúncio foi feito na noite de segunda-feira (10) em um comunicado da empresa a investidores.

"A celebração do acordo representa um significativo e importante avanço para a companhia em relação aos impactos decorrentes do evento geológico em Alagoas", disse a empresa.

Segundo a Braskem, as parcelas serão variáveis e levarão em consideração a capacidade de pagamento da companhia.

O acordo, que ainda aguarda homologação judicial, prevê a extinção da ação movida pelo estado contra a Braskem

Procurado, o governo do estado ainda não se manifestou.

O acordo foi alvo de críticas do MUVB (Movimento Unificado das Vítimas da Braskem). De acordo com o diretor Maurício Sarmento, o valor ficou muito abaixo da estimativa do próprio governo estadual de R$ 30 bilhões em danos. Ele chamou o acordo de vergonhoso.

"Enquanto isso, o povo arcará com uma conta de R$ 5 bilhões, valor que o governo pretende investir na reestruturação da Grande Maceió, uma despesa que, na verdade, deveria ser integralmente custeada pela criminosa Braskem", disse.

Em 2023, uma das minas de extração de sal-gema da Braskem em Maceió desmoronou, agravando os impactos já registrados na região. Foi o ápice de um problema habitacional e ambiental de anos, que causou o esvaziamento dos bairros Mutange, Bebedouro, Bom Parto e outros próximos à atividade da empresa.

Naquele ano, a Braskem firmou um acordo de R$ 1,7 bilhão com a Prefeitura de Maceió para cobrir os danos causados pela empresa e os prejuízos da desocupação.

Na terça-feira (11), as ações da Braskem subiram mais de 18% após o anúncio do acordo e a possibilidade da saída da Novonor (ex-Odebrecht) do quadro de acionistas.


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