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Brasileira é presa na Itália sob suspeita de envolvimento na morte de padrasto

Por Folha de São Paulo

28/07/2025 16h45 — em
Variedades



MILÃO, ITÁLIA (FOLHAPRESS) - A brasileira Ariane Bezerra da Silva, 31, foi presa no sábado (26) por suposto envolvimento na morte do italiano Fabio Ravasio, 52, vítima de um atropelamento enquanto andava de bicicleta, em agosto do ano passado em Parabiago, na província de Milão, norte da Itália.

Ravasio era companheiro da mãe de Ariane, Adilma Pereira Carneiro, 50, que já havia sido presa sob a acusação de ter planejado o atropelamento com a intenção de matar o comerciante para ter acesso aos seus bens, avaliados em 3 milhões de euros .

Segundo o Ministério Público de Busto Arsizio, também no entorno de Milão, Adilma contou com outros sete cúmplices para simular um acidente de trânsito e realizar o atropelamento. O processo está em andamento na Justiça. Adilma nega as acusações.

Ariane, a filha presa no sábado, foi mandada para um presídio em Como. Segundo o jornal Corriere della Sera, a prisão preventiva foi decretada depois de um dos réus ter afirmado que, antes do atropelamento, Ariane estava em busca de uma pessoa que pudesse matar Ravasio.

A brasileira, que já era investigada por falso testemunho, passou então a ser suspeita de ter participado do planejamento da morte de Ravasio. A reportagem não conseguiu localizar seu advogado.

Outro filho de Adilma, Igor Benedito, 27, também está entre os réus. Há duas semanas, ele afirmou à Justiça ter participado do atropelamento e afirmou que a mãe estava envolvida no caso.

"Minha mãe e Ferretti [Massimo] me pediram para dirigir o carro", disse Igor no tribunal, citando outro suposto envolvido. Ele afirmou ter sido ameaçado pela mãe de ser isolado da família se não aceitasse participar. Também contou que foi orientado por ela a mentir no depoimento inicial, quando havia negado o crime.

Segundo a imprensa italiana, Adilma está há cerca de 20 anos no país, onde já cumpriu pena por tráfico internacional de drogas. Durante as investigações do caso, ela passou a ser investigada pela morte de outro companheiro, Michele Della Malva, ocorrida em 2011.

Na imprensa local, a brasileira ganhou o apelido de "louva-a-deus de Parabiago", em referência ao inseto cujas fêmeas matam os machos após o acasalamento.


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