Anvisa dá aval a ampliar estudos de vacina da Sinovac de 9 mil para 13 mil voluntários
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou nesta quarta-feira (23) um aumento no número de voluntários que devem participar de estudos da vacina em desenvolvimento pela empresa chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Segundo a agência, até então, a previsão era que 9.000 pessoas participassem dos estudos clínicos da vacina no Brasil. Com o aval, o número deve chegar agora a 13.060 voluntários. Os testes também devem passar a incluir os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, informou em nota. Chamada de CoronaVac, a vacina se mostrou segura em seu teste da chamada fase 3 em 50 mil voluntários na China, segundo dados adiantados pelo jornal Folha de S.Paulo e apresentados nesta quarta (23) pelo governador João Doria (PSDB), o diretor do Butantan, Dimas Covas, e um representantes da farmacêutica chinesa. Já os resultados sobre a eficácia, que nas fases anteriores foram considerados satisfatórios, devem estar prontos em novembro. Se esse cronograma se mantiver sem percalços, a expectativa no governo paulista é de uma liberação para vacinação na segunda quinzena de dezembro. A oferta ainda seria para grupos específicos, como idosos e pessoas com doenças crônicas, seguidos de agentes de segurança, profissionais da educação e a população indígena. O Instituto Butantan disse que avalia a ampliação dos estudos e deve ter mais informações nos próximos dias. Além da ampliação do número de voluntários do estudo da vacina CoronaVac, a Anvisa aprovou também uma ampliação nos testes da vacina Janssen-Cilag, do grupo Johnson e Johnson. A empresa anunciou nesta qurta o início da última etapa de estudos. Atualmente, a vacina é testada em sete estados brasileiros. Agora, serão 11. Foram incluídos na lista os estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina e também o Distrito Federal. O Brasil tem hoje quatro estudos clínicos em andamento de potenciais imunizantes contra a Covid. O primeiro a obter aval para testes foi a vacina em desenvolvimento pela Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca, o que ocorreu ainda em junho. Em seguida, tiveram autorização para estudos a empresa chinesa Sinovac, que conduz pesquisas em parceria com o Instituto Butantan, a empresa norte-americana Pfizer e a Janssen, braço farmacêutico da Johnson & Johnson. Até o início da semana, a agência não tinha recebido pedido de aval para estudos da vacina Sputnik, da Rússia.
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