O interior do Amazonas está isolado
O transporte aéreo é essencial e fundamental para que a capital e os municípios do interior do Amazonas estejam interligados e o turismo doméstico avance em nosso Estado. Mas atualmente, nosso interior não tem mais “conexão”, está isolado.
Vejamos a situação da venda Map Linhas Áreas. Em 2019, a companhia foi adquirida pela empresa Passaredo, para se tornar VOEPASS, e este mês, foi vendida para a companhia Gol Linhas Áreas, por conta dos slots (horário diários de partidas e chegadas) do aeroporto de Congonhas. Somente em São Paulo espera-se um aumento de 10% nos voos diários.
E como ficará a região Norte? A companhia vai continuar atendendo os poucos sete munícipios que ainda recebem conexão aérea? O que representa somente 24% do interior do Amazonas, já que o Estado possui somente 29 aeródromos. Compraram uma empresa regional e nossos munícipios continuam isolados? Já que o interesse da aquisição é atender os slots aeroporto de Congonhas.
Já houve tempo em que tínhamos de três a quatro companhias áreas atuando no interior do Amazonas, como a própria Map, e antes dela a Total e a Rico Linhas Aéreas que atendiam grande parte dos municípios, entre eles Tefé, Tabatinga, Fonte Boa, Coari e São Paulo de Olivença.
Hoje em dia nossa realidade é outra. Por exemplo, somente a Azul Linhas Aéreas anunciou atualmente mais quatro voos para atender a cidade de Parintins. Porém, ainda temos várias cidades em isolamento no interior do Amazonas. As condições dos aeródromos e da maioria dos aeroportos dos municípios necessitam de melhoria de infraestrutura. Se nós queremos fazer turismo e levar a interiorização do desenvolvimento para os munícípios do Amazonas precisamos de uma adequada conectividade aérea.
É preciso que o governo do Amazonas atraia investidores para que se faça uma empresa regional capacitada a atender nossas conexões E que a bancada federal também se mobilize a destinar emendas para a melhoria das condições dos aeródromos do Amazonas.
Turismo eu acredito!
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