Burocracia na pesca esportiva no Amazonas
Em todo o mundo, desburocratizar é o primeiro passo para o desenvolvimento. Infelizmente, aqui no Amazonas, ainda estamos na contramão do desenvolvimento quando se trata do licenciamento da pesca esportiva que, sem dúvida alguma, tem um dos maiores potenciais de geração de emprego e renda para o interior do nosso estado.
As vésperas de iniciarmos a temporada 2021,
nos deparamos com exigências do Instituo de Proteção Ambiental do Amazonas(Ipaam), totalmente desnecessárias para esta prática turística. Não podemos criar barreiras para um esporte que é praticamente 100% sustentável.
A pesca esportiva não provoca depredação e o impacto ambiental é bem mais baixo do que a pesca predatória. Então, por que colocar mais uma burocracia em forma de diário de bordo, para dificultar o progresso desta atividade turística?
Na prática desse esporte, o esportista está em contato direto com a água e seus equipamentos de pesca. Fica humanamente impossível escrever dados em uma folha de papel para satisfazer os tecnocratas. Já imaginou isso? O turista, agora, vai preencher a ficha de cadastro dos tucunarés! Lembrando, também, que é pesque e solte.
E a pesca predatória? Preenche diário de bordo? Sabemos quantas toneladas de peixe são pescadas diariamente nos rios do Amazonas? O Ipaam fiscaliza na sua totalidade esta atividade? Tem diário de bordo pra o defeso do tucunaré?
O tucunaré é o ouro renovável do Amazonas. Vários pescadores pescam a mesma “jóia”. Nossa preocupação não deve ser em preenchimento de papéis, e sim em buscar políticas públicas do defeso da espécie e em investimentos na infraestrutura turística necessária.
Pesca esportiva sem burocracia, turismo eu acredito!
ASSUNTOS: Turismo, eu acredito!