João Souza* passou por duas cirurgias de reconstrução peniana após complicações graves causadas por aplicações de PMMA, uma substância usada em preenchimentos estéticos. Ele iniciou os procedimentos em 2005, motivado por propagandas que prometiam aumento do pênis, mas as intervenções sucessivas resultaram em inflamações, feridas e risco de perder o órgão.

Os problemas de saúde se agravaram ao longo dos anos, exigindo aplicações de corticoides e afetando até o funcionamento dos rins. Diante da gravidade, médicos recomendaram cirurgias para remover o material e reconstruir as áreas comprometidas. As operações foram realizadas em 2024 e 2025, trazendo melhora significativa no quadro clínico e na autoestima de João.

Especialistas alertam que casos como o dele têm se tornado mais comuns com a popularização da chamada “harmonização peniana”. Apesar da promessa de resultados estéticos, os procedimentos apresentam riscos sérios quando mal indicados ou executados, reforçando a necessidade de cautela, acompanhamento médico adequado e de evitar propagandas enganosas.

*A reportagem usou nome fictício para esta matéria.