Pobreza menstrual: Entenda o problema que leva mulheres a deixar a escola
O presidente Jair Bolsonaro escolheu vetar nesta quinta (7) a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para mulheres em situação de risco social. A falta de dignidade na menstruação impacta a vida das mulheres afetando a confiança e causando evasão escolar. A ONU estima que uma em cada dez meninas falte à escola durante a menstruação e no Brasil é ainda mais grave, chegando afetar uma em cada quatro mulheres, que também afirmam deixar de praticar esportes e sentir vergonha pela falta de absorventes.
A discussão em torno da pobreza menstrual vai além da falta de absorventes, e se materializa em razão de problemas da falta de acesso à água e sabão, com desdobramentos na vida escolar das alunas, que podem chegar a perder até 45 dias letivos. Diversas iniciativas de doação de absorventes têm mobilizado ativistas e movimentos sociais, e a mais recente tentativa de remediar o problema foi a criação do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual (Lei 14.214), porém, o presidente Jair Bolsonaro vetou os artigos que previam a distribuição gratuita do item.
A proposta previa “a oferta gratuita de absorventes higiênicos femininos e outros cuidados básicos de saúde menstrual”, bem como o artigo terceiro, que apresentava a lista de beneficiadas, tais como estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública.
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ASSUNTOS: Saúde e Bem-estar