Especialista lista mitos e verdades sobre pedras nos rins
Entre as principais preocupações de quem ingere pouca água está a formação de cálculos renais, ou como também são chamados, pedras nos rins. E quem se preocupa está certo, já que a forma mais eficaz de prevenção é a absorção de água em quantidades consideradas saudáveis.
Entretanto, não é possível depender somente desse fator para evitar que as pedras se formem nos rins. Segundo o urologista Dr. Antônio Lopes Neto, manter uma boa alimentação com baixo sódio e evitar o excesso de proteína também podem ajudar a prevenir o desenvolvimento dos cálculos. O especialista responde abaixo algumas dúvidas comuns. Confira:
Devo beber somente água para prevenir o aparecimento de pedras nos rins? A água é a maior aliada, com certeza, mas água de coco e sucos naturais de frutas, como limão, laranja e maracujá, também são muito ricos e podem ajudar a distanciar essa realidade. Entretanto, deve-se evitar o consumo de refrigerantes, pois contêm muito oxalato (substância que não é absorvida pelo organismo), e sucos industrializados.
Chá de quebra-pedra é eficaz? Não há nenhuma comprovação científica de que esse tipo de chá quebre os cálculos existentes, mas ingerir qualquer tipo de chá é uma vantagem. O que nós costumamos indicar é que a pessoa consiga urinar dois litros por dia, e para produzir essa quantidade, é preciso ingerir pelo menos 1,5l ou 2l no mesmo período.
Todas as pedras causam cólica renal? Não. Na verdade, as pedras se comportam de maneiras diferentes em cada corpo. Algumas podem ser assintomáticas, já outras podem chegar a casos extremos, como infecções, sangramento na urina e até mesmo a perda de função renal. O mais comum é sentir cólica, mas nem todas vão apresentar o sintoma.
Tomo muita água. Ainda assim posso ter pedras nos rins? Sempre existe uma chance, até porque uma parte desse desenvolvimento acontece por predisposição genética. Mas é como dito anteriormente: manter uma dieta com pouco sal e evitar o excesso de proteína, refrigerante e sucos industrializados são um combo.
Ainda de acordo com o Dr. Antônio, junto a uma qualidade de vida mais regrada, entra a consulta periódica com um médico de confiança. Os exames regulares são imprescindíveis na vida de qualquer pessoa, tenha ela pedra nos rins ou não. “Para detectar esses cálculos, solicitamos que os pacientes façam ultrassom ou tomografia. Uma vez que eles são diagnosticados, podemos entrar com um tratamento cirúrgico, feito por via endoscópica, ou o chamado ‘expectante’, que envolve a mudança nos hábitos e, talvez, o uso de algum medicamento”.
As pedras podem ser de diversos tamanhos e trazer muitas consequências. Por isso, o médico alerta que não se deve negligenciar nenhuma dor e sempre ficar atento à cor da urina, que deve ser clara e bem diluída.
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