Na segunda-feira (12) a força-tarefa da Polícia Técnico-Científica de São Paulo concluiu que a maioria das vítimas do voo 2283, da Voepass, que caiu em Vinhedo (SP) na sexta-feira, 9 de agosto, morreu em decorrência de politraumatismos causados pela queda do avião. O impacto, a partir de uma altura de quase 5.000 metros, resultou na morte dos 62 passageiros a bordo.

A investigação revelou que o impacto com o solo causou múltiplas fraturas nos corpos das vítimas antes que fossem carbonizadas pelas chamas da explosão. O politraumatismo é caracterizado por lesões graves em pelo menos duas partes do corpo, incluindo fraturas ósseas, lesões na coluna e cabeça, e hemorragias internas.

Esse tipo de trauma é comum em acidentes graves, como quedas de grandes alturas, incêndios e acidentes de trânsito. Em casos extremos, pode levar à morte imediata ou ocorrer complicações como infecções, que podem ser fatais posteriormente.

O cirurgião-geral Milton Steinman, especialista em situações extremas, explica que a sobrevivência após um politraumatismo depende da gravidade das lesões, da localização das fraturas e da qualidade da infraestrutura de atendimento de emergência.

O médico-cirurgião Lúcio Lucas Pereira destaca que pessoas envolvidas em esportes radicais ou em profissões com riscos elevados estão mais suscetíveis a politraumatismos. Além disso, idosos são mais vulneráveis devido à fragilidade óssea e à capacidade reduzida de recuperação.

O que é politraumatismo?

O politraumatismo, ou traumatismo multissistêmico, ocorre quando um paciente sofre múltiplas lesões de um único evento traumático, como acidentes aéreos e de trânsito. As lesões típicas incluem fraturas ósseas, lesões na cabeça e coluna, e hemorragias internas.

Causas comuns:

O politraumatismo geralmente resulta de situações que envolvem grandes quantidades de energia cinética, como desastres aéreos, acidentes de trânsito de alta velocidade, incêndios, explosões, agressões físicas intensas e quedas de grandes alturas.

Tipos de politraumatismo:

Os traumas podem ser classificados como abertos, com ruptura da pele, ou fechados, com lesões internas sem ferimentos visíveis. Exemplos incluem trauma craniano e fraturas de extremidades.

Sobrevivência e tratamento:

Sobreviver a um politraumatismo depende da gravidade das lesões e da rapidez do atendimento médico. Um sistema de trauma eficiente é crucial e inclui atendimento de emergência, centros especializados e cuidados intensivos. O tratamento é personalizado e começa com a estabilização do paciente, seguido por procedimentos para reparar lesões e controlar hemorragias.