Repórter da Record é sequestrado durante investigação e emissora se nega a ajudar
Porto Alegre/RS - O repórter especial Luiz Barbará da Record Rio Grande do Sul foi mantido em cárcere privado durante uma investigação sobre um caso da “farra do semi-aberto”, presos que deveriam trabalhar durante o dia, mas que passavam o dia sem fazer nada em Porto Alegre.
Durante apuração da reportagem, o jornalista foi até um fábrica para pedir esclarecimentos do dono, porém ele e sua equipe foram trancados no local. O empresário começou a fazer ameaças e constranger todos.
Uma hora depois, a equipe conseguiu sair do local com a chegada da brigada militar como é chamada a PM no RS. A câmera chegou a ser apreendida, mas foi liberada pela Polícia Civil.
Ao registrar o Boletim de Ocorrência, Barbará solicitou apoio da Record como acontece quando matérias investigas acabam trazendo problemas para equipe de reportagem, além de pedir auxílio jurídico e proteção da emissora.
Porém a Record teria se recusado a prestar ajuda, de acordo com o Uol. A emissora alegou que não tem responsabilidades, já que o crime foi contra a pessoa e não contra a empresa, mesmo que a equipe de reportagem estivesse caracterizada com a identificação da emissora.
A reportagem chegou a ser exibida no Balanço Geral RS e Rio Grande Record, e também no site oficial, mas o vídeo chegou a ser excluído dias depois.
O jornalista vai ficar um mês ausente do trabalho devido um trauma, segundo um laudo psicológico. Caso a emissora não entre em um acordo com o repórter, ele vai acionar a Justiça solicitando recisão de contrato por conta do descaso.
Essa não é a primeria vez que a filial se envolve em polêmica. Em outubro, os jornalistas entraram em greve por condições inadequadas de trabalho. A Record não se pronunciou sobre o assunto.
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