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Vice-governadora de SC diz que pedido de Bolsonaro em ato não foi para ela

Por Folha de São Paulo

26/06/2022 18h32 — em
Política



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A vice-governadora de Santa Catarina, Daniela Reinehr (PL), afirmou por meio de sua assessoria que o pedido de Jair Bolsonaro (PL) de "ficar para trás" durante evento evangélico em Balneário Camboriú (SC) não foi dirigido a ela.

A assessoria da vice-governadora divulgou um vídeo que mostra um ângulo da cena sugerindo que, antes de falar isso, Bolsonaro se irritou com o ex-secretário da Pesca Jorge Seif (PL), que saiu de trás da turma de apoiadores, avançou e tentou pegar na mão do presidente.

Segurando a mão de Luciano Hang, da Havan, Bolsonaro ia em direção ao público. Em seguida, em tom ríspido, ao lado de apoiadores e da vice-governadora, falou: "Fica para trás, meu Deus do céu".

Reinehr estava logo ao lado de Bolsonaro. Ela, Seif e outros apoiadores não avançam após a ordem de Bolsonaro.

A vice é apoiadora de Bolsonaro e deve concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados neste ano. Já Seif, também bolsonarista, deve tentar uma vaga no Senado. A reportagem procurou o ex-secretário, mas ainda não teve retorno.

Em nota, a assessoria da vice-governadora diz que Seif se aproxima de Bolsonaro "e foi alertado que não era o momento de fazê-lo, pelo próprio presidente".

"Prefiro deixar que este outro ângulo gravado na mesma situação fale por mim. Ele demonstra de forma muito clara o que aconteceu. Editar vídeos com versões tendenciosas para distorcer fatos não faz parte da agenda de trabalho", diz ela na nota.

"Estava ali participando da marcha e como apoiadora do movimento de transformação do Brasil e de Santa Catarina", completa Reinehr.

Em suas redes sociais, a vice publicou vídeos e fotos em que aparece ao lado de Bolsonaro no evento. Ela dá parabéns ao "povo de Deus" pelo sucesso da marcha e diz que aquele é um "momento de bênção".

Neste domingo (26), um vídeo que viralizou em redes sociais sugeriu que o presidente teria se dirigido diretamente à vice-governadora de SC.

Na marcha evangélica, Bolsonaro ignorou a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, que é pastor evangélico, e as suspeitas de que avisou o ex-ministro de operação da Polícia Federal para investigar corrupção no governo.

Bolsonaro preferiu focar temas caros ao eleitor religioso, como aborto, que se tornou um dos alvos das redes sociais bolsonaristas com o caso da menina de 11 anos que vinha sendo impedida de abortar pela Justiça de Santa Catarina.

"Um lado defende o aborto, o outro é contra. Um lado defende a família, o outro quer cada vez mais desgastar os seus valores. Um lado é contra a ideologia de gênero, o outro é favorável. Um lado quer que seu povo se arme para que cada vez mais se afaste a sombra daqueles que querem roubar essa nossa tão sagrada liberdade", afirmou.


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