Castro diz não ver sinal de golpe de Bolsonaro e que não vai 'jogar lenha na fogueira'
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - Pré-candidato à reeleição no Rio de Janeiro, o governador Cláudio Castro (PL) diz não ver nenhum ato por parte do presidente Jair Bolsonaro (PL), seu aliado e fiador de sua campanha, que indique uma eventual tentativa de golpe.
Questionado sobre a escalada antidemocrática de Bolsonaro, Castro respondeu que não é papel de um governador colocar lenha na fogueira. Em sintonia com a estratégia de sua pré-campanha, ele diz que tem trabalhado como um mediador, apostando no diálogo.
Castro afirma que pacificou as relações do estado com o governo federal e com a Assembleia Legislativa, conflituosas durante o mandato de seu antecessor, o ex-governador Wilson Witzel, de quem foi vice.
"Não acho que eu agrego nada no país jogando lenha na fogueira. Tenho conversado com vários ministros, com o pessoal da Presidência, tentando agir como apaziguador", diz.
O governador foi entrevistado em sabatina realizada pelo jornal Folha de S.Paulo e o site UOL, na tarde desta sexta-feira (20).
Castro afirma ainda que nunca questionou as urnas eletrônicas, mas que qualquer trabalho para melhorar a segurança do processo eleitoral é positivo.
Castro lidera a disputa à reeleição no estado com 25% das intenções de voto em um cenário de primeiro turno, segundo a mais recente pesquisa Quaest/Genial, divulgada em maio. O deputado federal Marcelo Freixo (PSB) aparece em seguida, com 18%.
Em terceiro lugar, está Rodrigo Neves (PDT), com 9%. No pelotão seguinte aparecem André Ceciliano (PT), com 2%, Paulo Ganime (Novo), também com 2%, e Felipe Santa Cruz (PSD), com 1%. Branco, nulo e os que não pretendem votar somam 33%. Os indecisos são 10%.
Já num segundo turno entre Castro e Freixo, o governador marcaria 38%, contra 27% do deputado. Nessa simulação, 27% dizem que votariam branco, nulo ou que não votariam. Os indecisos são 8%.
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RAIO-X
Cláudio Castro, 43
Eleito vereador no Rio de Janeiro em 2016, foi vice na chapa encabeçada pelo ex-juiz Wilson Witzel, eleito para o governo do estado em 2018. Diante do processo de impeachment do antecessor, assumiu a administração estadual em agosto de 2020. Cantor católico, também foi chefe de gabinete do deputado estadual Márcio Pacheco na Assembleia Legislativa do Rio.
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