Bolsonaro ouviu negativa de WhatsApp quando número 2 de Haddad representava o aplicativo
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O executivo Dario Durigan, que assumirá a Secretaria-Executiva do Ministério da Fazenda no lugar de Gabriel Galípolo, teve papel considerado central para coibir a divulgação massiva de fake news nas eleições presidenciais de 2022.
Ele era head de políticas públicas do WhatsApp, que pertence à Meta, quando a empresa bateu de frente com Jair Bolsonaro (PL) durante o pleito.
O então presidente não se conformava com o fato de o WhatsApp informar que não adotaria no Brasil, naquele momento, ferramenta que permitiria a formação de megagrupos no aplicativo.
Com isso, a disseminação imediata de informações e também de fake news ficava limitada.
Bolsonaro pressionou e chamou uma reunião com a diretoria da Meta.
O então presidente, candidato à reeleição, creditava o adiamento a uma suposta pressão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre o WhatsApp, e queria a adoção imediata da ferramenta dos megagrupos no Brasil. Ouviu "não" como resposta.
Na época, o WhatsApp afirmou que a decisão tinha sido tomada exclusivamente pela empresa, "tendo em vista a confiabilidade do funcionamento do recurso".
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