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Assessor parlamentar é preso com R$ 1,1 mi em Belém

Por Folha de São Paulo

21/01/2025 10h45 — em
Política



SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - Um assessor do deputado federal Antonio Doido (MDB-PA), aliado do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), foi preso na sexta-feira (17) com R$ 1,1 milhão em espécie e em posse de um carro blindado em Belém.

O servidor Jacob Aarão Serruya Neto, assessor de Doido, e o representante comercial Wandson de Paula Silva foram presos em flagrante após sacarem o dinheiro em um banco, segundo a Polícia Federal.

Após a detenção por suspeita dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, eles foram soltos em audiência de custódia para responder em liberdade.

De acordo com as investigações, a suspeita é de que o valor seria usado para pagar propina a servidores públicos. A PF chegou aos dois por meio de uma denúncia anônima.

Jacob é secretário parlamentar do deputado Antonio Doido. Já o representante comercial trabalhava na empresa A.C. Silva Comércio, que tem contrato com órgãos públicos estaduais e municipais.

O deputado pelo MDB é aliado de Helder Barbalho. O governador do Pará chegou a participar de eventos da campanha de Doido como prefeito da cidade paraense de Ananindeua, no ano passado. Ele, no entanto, não foi eleito.

Jacob e Wandson foram soltos no dia seguinte. A juíza federal Thatiana Cristina Nunes Carvalho determinou que a prisão fosse substituída por medidas cautelares, como pagamento de fiança de R$ 40 mil para cada e comparecimento periódico em juízo para justificar suas atividades.

A dupla ficou em silêncio diante dos agentes da PF. No depoimento à polícia, os dois suspeitos não se manifestaram. O UOL procurou o deputado Antonio Doido e tenta contato com as defesas e com o gabinete do deputado Antonio Doido. O texto será atualizado em caso de manifestação.

Um carro blindado foi apreendido. Além do dinheiro, foram apreendidos dois veículos —um deles blindado— em posse dos suspeitos, junto de celulares e documentos.

Há indício de lavagem de dinheiro e corrupção, de acordo com a PF. "O saque de alto valor em espécie é indício de lavagem de dinheiro e a corrupção foi configurada no momento em que o representante comercial de uma empresa, envolvida em diversas licitações com órgãos públicos, repassou o dinheiro ao assessor parlamentar, um servidor público", afirma a corporação.


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