Quadrilha de tráfico internacional lavava dinheiro em salões de beleza
A Polícia Federal de SP deflagrou na manhã desta terça-feira (23) a operação Aplique para desarticular uma quadrilha especializada no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. A operação recebeu esse nome porque a quadrilha lavava o dinheiro do tráfico em salões de beleza na capital paulista.
Segundo um portal de notícias do Globo, os agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão para endereços ligados ao chefe da quadrilha em cidades da Grande São Paulo e em Campo Grande (MS). Também há um mandado de prisão preventiva contra o chefe da quadrilha, mas ele já está preso desde outubro de 2018. O chefe da quadrilha, conhecido como "Boy", é da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
A Justiça determinou ainda o bloqueio de bens ligados ao grupo: seis imóveis, oito veículos e R$ 30 milhões que possam ter sido adquiridos com o dinheiro do tráfico.
O grupo fazia a distribuição de cocaína no Brasil, e também enviava a droga para o exterior, principalmente pelo Aeroporto de Guarulhos. Passageiros chamados de "mulas do tráfico" tentavam embarcar com drogas escondidas em malas. Estas bagagens com compartimentos secretos estavam com mulheres que tinham entre 29 e 30 anos e foram presas no ano passado.
"São grupos, organizações, que se organizam e utilizam dos mais diferentes métodos desde ocultação diferenciada até mesmo funcionários do aeroporto para burlar sistemas de segurança", disse o delegado da Polícia Federal, Marcelo Carvalho.
A investigação começou em 2017, quando a PF apreendeu R$ 240 mil em dinheiro na cidade de São Paulo que seria entregue para pagar uma remessa de droga, transportada por um helicóptero.
Com a abordagem, a aeronave não pousou e a droga não foi entregue, mas os suspeitos que estavam com o dinheiro foram abordados e ouvidos. A PF começou a monitorar a quadrilha e no dia seguinte um dos suspeitos foi preso no Guarujá.
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