Manaus/AM - A delegada Joyce Coelho falou, nesta sexta-feira (5), sobre a prisão em flagrante de um homem de 47 anos sob graves acusações de estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição contra sua enteada de 11 anos. A prisão ocorreu no bairro São Francisco, no município, após a denúncia ser formalizada pela mãe da vítima. O crime ocorreu quando o suspeito aproveitou a ausência da mãe da vítima, que havia viajado a Manaus para acompanhar um tratamento médico familiar, para cometer o abuso.

A delegada responsável pelo caso, detalhou que o crime ocorreu enquanto a mãe estava ausente, viajando para Manaus para acompanhar o tratamento de hemodiálise de sua própria mãe. O homem se aproveitou da ausência da genitora, que havia deixado a menina de 11 anos e um irmão de 7 anos sob sua guarda, para tentar subornar a criança. "Ele se aproveitou da ausência da genitora e acabou oferecendo ali uma quantia em dinheiro de R$ 20, para que a criança deixasse ele despido e praticar o abuso sexual", afirmou a delegada, ressaltando o agravante do favorecimento à prostituição.

O ato de abuso foi interrompido e flagrado pelo irmão mais novo da vítima. Segundo a delegada, o menino de 7 anos entrou no local no momento do crime e informou que contaria o fato à mãe. Na tentativa de garantir o silêncio das crianças, o padrasto rapidamente as levou a um comércio, comprou doces e "tentar comprar também o silêncio dessas crianças". Contudo, ao verem a mãe retornar, os filhos não hesitaram em relatar o ocorrido. A genitora, que já possuía um histórico de acompanhamento em rede de apoio devido a episódios de violência doméstica envolvendo o companheiro, ligou de imediato para a delegacia, que se deslocou até a residência para efetuar a prisão.

Em depoimento especializado, a vítima trouxe à tona um histórico mais extenso de violência, relatando à Polícia Civil que os abusos sexuais por parte do padrasto ocorriam desde que ela tinha 9 anos de idade, fatos que foram confirmados por laudo pericial. "Ele foi flagranteado por estupro de vulnerável e também por favorecimento à prostituição em exploração sexual, uma vez que ele comprava o silêncio dessa criança com quantias em dinheiro," pontuou Joyce Coelho. A autoridade policial acredita que a denúncia foi revelada neste momento justamente porque a criança de 7 anos flagrou o ato e se sentiu segura para relatar o que havia presenciado à mãe.

O suspeito, que já possuía um histórico de agressividade e havia sido preso anteriormente por violência doméstica, embora o casal tivesse reatado, agora responderá por estupro de vulnerável e favorecimento à prostituição. Ele permanece custodiado e à disposição da Justiça, com a Polícia Civil finalizando o procedimento para que o homem seja devidamente responsabilizado pela gravidade dos crimes cometidos contra a criança em Manacapuru.