Manaus/AM – Um jovem de 16 anos teve uma faca colocada no pescoço durante um assalto ocorrido por volta das 20h30, na noite dessa terça-feira (24), no bairro Colônia Terra Nova, na zona norte. A vítima havia acabado de sair da igreja e voltava para casa, no condomínio Smart Torquato 1, localizado na avenida Torquato Tapajós, por volta das 21h, quando foi abordada por dois homens em uma motocicleta, na rua de acesso.

Na ocasião, um dos suspeitos desceu do veículo e rendeu o adolescente, exigindo que ele entregasse o celular e objetos de valor. Enquanto era ameaçado com uma faca no pescoço, a vítima foi alertada de que, caso tentasse gritar ou chamar a atenção de algum veículo que passasse pelo local, seria morta. Durante o roubo, o assaltante chegou a dizer que o jovem estava sendo assaltado por ter melhores condições de vida que ele.

Após o crime, a dupla fugiu e, até o momento, não foi identificada. A situação revoltou os moradores, que relatam que esse não é o primeiro caso de violência na área. Há menos de um mês, outro morador do prédio vizinho foi assaltado nas mesmas circunstâncias.

Eles denunciam que há dois terrenos baldios ao lado da rua que estão se tornando uma espécie de “Cracolândia”, onde usuários se reúnem na mata para consumir drogas e dividir objetos roubados. Os condomínios já tentaram identificar o proprietário de uma das áreas, que tem acesso pela avenida, a fim de cobrar providências quanto ao abandono do terreno, mas não obtiveram sucesso.

“A comunidade do Smart Torquato 1 e 2 pede socorro. Nós exigimos das autoridades o retorno da tenda policial no terreno ao lado e que o dono do lote abandonado se manifeste urgentemente. A área tem se tornado um ponto de encontro para usuários de drogas e criminosos, colocando em risco todos que circulam por ali”, declara Walter Libório, conselheiro do Smart Torquato 2.

O local já teve uma tenda da Polícia Militar por concentrar um alto índice de criminalidade, mas a estrutura foi retirada. Os moradores dos condomínios tentam solicitar o retorno da tenda junto aos órgãos públicos. Outro fator que agrava a situação é que o acesso aos condomínios se dá por uma rua deserta de aproximadamente 800 metros, construída em forma de ladeira pela Construtora Morar Mais. As vítimas alegam que o ramal facilita os ataques e também a fuga dos criminosos, e pedem que a empresa intervenha para garantir a segurança dos moradores.