Anão mata vizinho com machadadas
Um anão de 64 anos matou o vizinho de 53 anos com golpes de machado na manhã deste domingo (20), em Paraibuna. Segundo a Polícia Civil, os dois eram amigos e trabalhavam em uma fazenda no bairro Capitão Maneco, na região rural da cidade.
De acordo com depoimentos, suspeito e vítima bebiam cachaça na casa do anão no sábado (19) quando começaram uma discussão. Após a briga, teriam dormido e, no dia seguinte, quando acordaram, por volta das 6h do domingo, voltaram a beber e a discutir.
"O anão, conhecido por consumir muita bebida alcoólica aqui em Paraibuna, disse que o seu vizinho o ameaçou de morte na discussão e que o matou em legítima defesa, com machadadas na altura do pescoço", diz o delegado José Machado Araujo Filho, titular do distrito policial de Paraibuna.
"Como ele tem só 1,25 metro de altura, a história que conta não procede. A vítima era bem mais alta. Vamos investigar, inclusive com a reconstituição do crime", diz o delegado. A polícia não divulgou os nomes do anão e da vítima, que é um andarilho de Governador Valadares (MG) convidado a trabalhar há pouco tempo na fazenda.
O crime aconteceu por volta das 6h, mas a polícia só foi avisada após as 11h30. "O anão disse que depois que matou o vizinho foi cuidar dos animais e fazer o trabalho dele. Feito isso, foi até uma propriedade ao lado e contou para a proprietária, que nos avisou. Quando cheguei no local, ele estava lá sentado do lado da dona da casa me esperando", conta o delegado.
O anão foi preso em flagrante por homicídio doloso -quando há intenção de matar- e levado para a Cadeia Pública de Jacareí. Ainda nesta semana o suspeito será transferido para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de São José dos Campos, onde vai aguardar o julgamento.
Investigação
Como a alegação de legítima defesa e os detalhes apurados pela polícia na cena do assassinato não são claros, o delegado de Paraibuna decidiu pedir para o Instituto de Criminalística de Jacareí fazer a reconstituição do crime.
"O autor do crime pode escolher participar ou não da reconstituição, que é importante para esclarecermos o que houve. Junto com os exames de sangue da vítima e o laudo do Instituto Médico Legal será possível ter dados suficiente para a Justiça avaliar se foi ou não legítima defesa", conclui Araujo Filho.
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