Além de abusar, casal vendia vídeos pornográficos da filha de 5 anos no Manoa
Manaus/AM - Além de abusar sexualmente da filha de 5 anos, o casal preso nesta manhã (4) também comercializava vídeos pornográficos da criança, segundo informações passadas pela Polícia Civil do Amazonas, durante coletiva. A operação resultou no cumprimento de três mandados de busca e apreensão e duas prisões preventivas. As investigações iniciaram em meados de outubro após uma denúncia de que um pai estaria abusando da própria filha, uma menina de apenas cinco anos, e compartilhando o material ilícito nas redes sociais. O criminoso, de 26 anos, foi preso no bairro Nova Cidade e, em depoimento, confessou os abusos cometidos contra a criança, que podem ter ocorrido desde os três anos de idade.
O aspecto mais chocante do caso revela a dimensão da perversidade do agressor: ele não apenas abusava da filha como também negociava os vídeos do crime através do WhatsApp. O material pornográfico era compartilhado pelo criminoso em visualização única, convidando interessados a entrar em contato no privado para a venda. O pai responderá por estupro de vulnerável, produção de material pornográfico com criança e compartilhamento desse material. Embora alegue ter sido ameaçado para cometer a venda, o fato de ter confirmado os abusos e o comércio das imagens configura a mais grave violação dos direitos da criança.
Além do pai, a mãe da vítima, de 24 anos, também foi detida por omissão criminosa. Presa no Viver Melhor, Lago Azul, a mãe tinha pleno conhecimento dos abusos e foi omissa, não agindo para proteger a filha. Ela inclusive relatou que a menina chorava ao ir para a casa do pai, mas não tomou providências. Há ainda informações em apuração de que a mãe teria "prazer" em saber do abuso, embora negue. Sua conduta a enquadra no crime de estupro de vulnerável na modalidade omissão, por ter o dever legal de impedir o crime e ter falhado em fazê-lo, permitindo a continuidade da violência e exploração.
A operação também resultou na prisão em flagrante da atual esposa do agressor, que tinha material pornográfico no celular e confirmou que os abusos ocorriam em sua casa. A criança vítima foi retirada da convivência dos agressores e está sob a guarda da avó, a quem confirmou os abusos. A polícia segue investigando outras possíveis vítimas, incluindo outras crianças que moravam na casa e a enteada do pai, que pode ter sido abusada, reafirmando o compromisso da DEPCA em afastar o agressor da sociedade e proteger crianças e adolescentes.
Veja também
ASSUNTOS: Policial