Tenente admite excessos ao prender juiz
Apesar de a tenente coronel da Polícia Militar, Ana Margareth Mendonça Gonçalves, ter requerido em março do ano passado a juntada do termo de retratação( Leia documento abaixo), onde ela reconhece que se excedeu ao prender o juiz Bismarque Gonçalves Leite, em novembro de 2008, os processos movidos pelo magistrado contra ela na Justiça do Amazonas estão correndo normalmente no Fórum Ministro Henoch Reis.
Na 2ª Vara da Fazenda Pública, a tenente foi condenada a pagar R$ 100 mil, enquanto o estado outros R$ 200 mil, de indenização por danos moral ao juiz, e na 5ª Vara Criminal há audiência de instrução e julgamento marcada para o próximo mês.
Outra ação que tramita normalmente é no Conselho Nacional de Justiça, onde a oficial da PM move contra o magistrado. A reclamação disciplinar que tem como relatora a ministra Eliana Calmon, será julgada pelo Pleno do CNJ na próxima terça-feira, dia 21.
Entenda o caso
A oficial da PM Ana Margareth comandava uma operação policial em novembro de 2008, e ao chegar na quadra da Escola de Samba Reino Unido da Liberdade se desentendeu com o juiz Bismarque Gonçalves, que garante ter se identificado, mas mesmo assim a policial determinou que ele fosse colocado no camburão da viatura.
Revoltado com a prisão, Bismarque ingressou com uma ação de danos moral e em fevereiro, cerca de um ano depois de a tenente apresentar a a retratação, foi condenada a pagar R$ 300 mil ao magistrado.
ASSUNTOS: juiz Bismarque Gonçalves Leite, Amazonas