O vice-presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, deputado estadual Marcos Rotta (PMDB)  foi  a tribuna para dizer que pouco ou nada adiantaria uma comissão de deputados ir até Brasília para tentar convencer a presidente Dilma ou o ministro Guido Mantega da necessidade de não promover alterações na alíquota do ICMS. Rotta disse que a bancada do Amazonas em Brasília era pequena e fraca diante da força dos Estados do sudeste e que já estava passando da hora do Estado do Amazonas buscar outra solução para a economia porque o modelo Zona Franca estava ameaçado e sempre surgiam medidas que diminuíam a competitividade do Polo Industrial de Manaus.

O discurso de Rotta foi reforçado pelo deputado Abdala Fraxe que disse que para não ver seus filhos com fome seria capaz de fazer qualquer coisa. Fraxe destacou o Polo Naval, a mineração como fontes alternativas para o PIM.

A confusão começou quando o deputado Chico Preto, ao fazer o uso de 25 minutos do tempo do PT disse que “defender outra matriz industrial para o Amazonas é coisa de menino e que não dava para menosprezar os atos que estavam sendo tomados para contornar o impasse”. Chico voltou a ressaltar a necessidade da formação de um grupo de deputados que deveriam se deslocar até Brasília no sentido de mostrar força e pressionar o Governo. No entanto, as falas de Chico não foram ditas na presença de Rotta que precisou se ausentar do plenário.

Informado por sua assessoria sobre o ocorrido, Rotta retornou ao plenário e indagou o deputado Chico Preto. “Não adianta me olhar com esses olhos de homem que não gosto de olhar de homem”, disse Rotta ao defender que não era obrigado a concordar com Chico.

Fontes do Portal do Holanda revelaram que a reação destemperada de Rotta seria um sinal claro de que teria tomado uma ‘pernada‘ no processo de eleição da mesa-diretora. Rotta aguardava que o governador Omar Aziz o indicasse para a sucessão de Nicolau, mas os planos do deputado teriam mudado de rumo com o interesse de Chico e de Josué pelo cargo.